Pernambuco: estado é líder em número de casos e maior incidência de chikungunya


Em 2021, foram quase 39.143 casos de dengue registrados no estado de Pernambuco  e 31.861 de chikungunya. Em números relativos e absolutos, Pernambuco foi o que mais apresentou casos de chikungunya no País.

Esses dados fazem parte de um relatório do Ministério da Saúde sobre arboviroses que considera e compara os anos de 2020 e 2021. Levantamento realizado no estado mostra que  as maiores incidências de Arboviroses estão na região metropolitana do Recife, nas Zonas da Mata Norte e Sul, na região Agreste e também em Fernando de Noronha.

“É realizado o acompanhamento  do levantamento de índice de infestação em paralelo ao número de casos notificados por semana epidemiológica nos municípios”, informou o gerente do Programa de Controle das Arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde, Paulino Albuquerque.

Ele explicou que o estado atua com três tipos de combate: o mecânico, o químico e o biológico. No caso do controle biológico utiliza-se larvicida para eliminar focos que possam conter ovos do Aedes aegypti. Já o químico envolve nebulização com inseticidas que podem ser aplicados por meio de bombas direcionadas e carros, o chamado Fumacê, que é a UVB pesada. “Muitas vezes as pessoas acham que o uso de inseticida é a solução. Mas esta é a última opção, pois sua ação é pontual – só mata pernilongos adultos – e traz prejuízos ao meio ambiente, mas, se necessário, fazemos até sete ciclos de aplicação”, explica.

Situação do País

O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.

O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Cláudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.

Fonte: Brasil 61

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