Usina Hidrelétrica de Xingó — Foto: Chesf/Divulgação/Arquivo
A Usina Hidrelétrica de Xingó passou a operar com uma defluência média semanal de 800m³/s para 1.000m³/s até o fim de janeiro para compensar a queda na geração de energia eólica no Nordeste. A mudança foi tomada em uma reunião nesta segunda-feira (13) e já está em vigor.
Outro objetivo é melhorar as condições das águas do Baixo São Francisco especialmente em regiões com acúmulo de plantas macrófitas.
Com a mudança, a usina vai operar com defluência mínima superior a 1000m³/s durante a semana e com 800m³/s durante o final de semana.
Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), com a entrada em vigor das novas condições de operação do Sistema Hídrico do Rio São Francisco em 1º de maio de 2019, devido à melhora na situação da bacia hidrográfica, o acompanhamento da situação do Velho Chico teve uma mudança.
A operação da hidrelétrica de Xingó está relacionada ao volume útil acumulado na hidrelétrica de Sobradinho (BA), sendo que o reservatório baiano operava com 30,02% em 12 de janeiro. Com isso, ambos estão na faixa de atenção para o período úmido, que vai de dezembro a abril. Nesta situação, a defluência mínima é de 800m³/s em Xingó.
Xingó
Localizada entre Alagoas e Sergipe, a hidrelétrica de Xingó é operada pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco e tem capacidade de armazenamento de 3,8 trilhões de litros em seu reservatório, Xingó tem uma potência instalada de 3.162MW.
Desde 2013, o Rio São Francisco enfrenta uma severa crise hídrica, o que levou ao controle da vazão natural, de um patamar de 1.300 m³/s para 550 m³/s no Baixo e ao controle das vazões no Alto São Francisco. A redução, realizada de forma constante, desde quando foi identificada a escassez hídrica, foi considerada pelo setor elétrico como saída para que o manancial não chegasse a níveis alarmantes, pondo em risco até mesmo a sua existência.
Via G1-SE/Via PA4/Ozildo Alves