Polícia apura participação de vereador de Betânia em quadrilha


O confronto entre policiais de Pernambuco e Paraíba e uma quadrilha de assaltantes, que resultou na morte de oito suspeitos na terça-feira, em território paraibano, continua com pontos a esclarecer. A Polícia Civil pernambucana investiga se um dos mortos, o vereador Andson Berigue de Lima, o Nanaca (PP),  tinha de fato ligação com o bando. Também será apurada a identidade da pessoa que disparou contra uma viatura policial, matando o soldado André Silva em Santa Cruz do Capibaribe, Agreste pernambucano, na segunda-feira. Um sargento foi ferido no ataque. Segundo a Polícia Militar, esses crimes foram cometidos pela quadrilha morta na terça.

O porta-voz da PM, tenente-coronel Luiz Brito, disse que o emprego de violência na ação na Paraíba foi necessário por se tratar de um grupo “extremamente agressivo”, que não pretendia se render e atacou os policiais na hora em que foram surpreendidos no Sítio Boi Brabo, localizado no limite entre Barra de São Miguel e Riacho de Santo Antônio. 

“Apesar de terem visto que o aparato policial era muito superior ao que eles tinham, enfrentaram a força pública com extrema violência. Eles não iam se entregar, mesmo com a voz de comando, mesmo com o cerco policial, empreenderam fuga e atiraram contra a força pública”, disse Luiz. Ele acredita que o bando estava reunido para planejar outro ataque a banco.

O líder da quadrilha seria José Adson de Lima, o Galego de Leno. O vereador Nanaca, irmão de Galego, estava em um dos carros utilizados na fuga pelo bando, mas a Polícia Civil ainda não pode atestar se o político era integrante do grupo. “As informações iniciais apenas apontam que os irmãos tinham passagem pelo sistema penitenciário por adulteração de placa de carro”, pontua o delegado José Rivelino Ferreira de Morais. A Prefeitura de Betânia, cidade pernambucana onde Andson era vereador, emitiu nota de pesar pela morte dele, enfatizando que Nanaca foi “um grande parlamentar”. 

No total, morreram seis homens e duas mulheres. Com eles a polícia encontrou um Toro e um Grand Siena, R$ 56 mil, duas pistolas .380, dois revólveres, uma espingarda .12 e munição. Questionado sobre uma foto que viralizou nas redes sociais mostrando os corpos empilhados, o tenente-coronel Luiz se limitou a dizer que os policiais estavam em um “momento de forte tensão emocional”. 

Com informações do Diário de Pernambuco.

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