As oposições ao governo Paulo Câmara promoveram no final de semana dois grandes atos públicos visando à organização de suas tropas às eleições de outubro próximo. O primeiro foi em Petrolina, na manhã do sábado, reunindo representantes de sete partidos, entre eles os senadores Fernando Bezerra Coelho (MDB) e Armando Monteiro (PTB), os ministros Fernando Filho (ex-PSB) e Mendonça Filho (DEM), os deputados federais Bruno Araújo (PSDB), Ricardo Teobaldo (Podemos) e Adalberto Cavalcanti (Avante), os ex-governadores Joaquim Francisco e João Lyra Neto (PSDB), os prefeitos Miguel Coelho (Petrolina) e Raquel Lyra (PSDB), o ex-prefeito Elias Gomes (Jaboatão dos Guararapes) e o deputado estadual Álvaro Porto (PSD).
À tarde desse mesmo dia, lideranças sertanejas do PT, à frente o prefeito Luciano Duque, promoveram um grande ato em Serra Talhada para pré-lançar a candidatura da vereadora Marília Arraes ao governo estadual. Mais uma vez, os grandes ausentes deste evento foram o senador Humberto Costa e o ex-prefeito João Paulo, que ainda sonham com o retorno do PT à Frente Popular.
No entanto, a candidatura de Marília tomou um impulso tal nesta reunião que dificilmente não evoluirá, mesmo que parte da cúpula do PT a esteja boicotando. Quanto ao ato político de Petrolina, sua expressão política dispensa comentários. O desafio desses líderes agora é avaliar se é conveniente lançar uma chapa de unidade ou se múltiplas candidaturas, como defende o deputado Sílvio Costa, para garantir o segundo turno.
Padrinho forte
A vereadora Marília Arraes (PT) deixou Serra Talhada, sábado, profundamente grata ao prefeito Luciano Duque pela iniciativa de promover um ato político naquela cidade a fim de embalar a candidatura dela ao governo estadual. Não é nada, não é nada, Duque está à frente da mais importante prefeitura que o PT comanda em Pernambuco. As outras 6 são de municípios pequenos.
Vento inverso – Presente ao ato do PT em Serra Talhada, o ex-deputado Fernando Ferro disse que a candidatura de Marília Arraes ao governo federal percorre um caminho não convencional. Está partindo do interior para a capital, quando geralmente ocorre o contrário.
Via PE Notícias