A condenação em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tornou possível o veto à sua participação na eleição presidencial, fará com que um a cada três eleitores tenha, provavelmente, que optar por outro candidato. É um grupo formado por cerca de 53 milhões de brasileiros, segundo a pesquisa mais recente do Datafolha, divulgada em dezembro de 2017. O cálculo levou em consideração o cenário em que o petista aparece com 36% das intenções de voto, disputando contra seus principais opositores, e a base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que mostra um colégio eleitoral de 146 milhões de pessoas.
Ao longo dos pouco mais de 13 anos de PT no comando do Palácio do Planalto, o lulismo expandiu as fronteiras do eleitorado clássico do partido desde a fundação até a chegada ao poder, em 2002. Os outros candidatos precisarão conquistar a preferência de um segmento composto, majoritariamente, por moradores de municípios com até 50 mil habitantes. O maior apoio a Lula se dá na faixa que tem renda familiar de até dois salários mínimos e baixa escolaridade. Além disso, a popularidade de Lula no Nordeste é maior do que nas outras regiões.
O recorte das pesquisas de intenção de voto mostra também que as mulheres não brancas e com mais de 44 anos endossam mais a candidatura do petista. Na maior parte dos casos, segundo o Datafolha, são donas de casa e aposentadas que administram baixos orçamentos familiares. Menções ao desemprego como principal problema do país são muito mais frequentes do que no restante da população, assim como a percepção de que a situação econômica, tanto do Brasil quanto a pessoal, piorou nos últimos meses.
Via PE Notícias