Lula formaliza pedido para que imprensa realize só três debates eleitorais

Seguindo o que o Radar mostra na edição de VEJA que está nas bancas, os partidos que integram a pré-campanha de Lula ao Planalto formalizaram nesta quarta o pedido para que a disputa presidencial deste ano tenha apenas três debates realizados pela imprensa entre os candidatos.

O pedido está registrado numa carta assinada pelos presidentes dos sete partidos que integram a pré-campanha petista e endereçada a Flávio Lara Resende, presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), e Marcelo Antônio Rech, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ).

Os caciques partidários argumentam que a agenda de debates eleitorais organizada por veículos de imprensa, com dez eventos, seria “incompatível” com a agenda política de Lula.

“Para as eleições presidenciais deste ano, pelo menos dez debates entre candidatos estão sendo propostos por veículos de mídia, entidades de classe e religiosas, sempre com previsão de transmissão ao vivo por emissoras de rádio e TV e portais de veículos de imprensa. Dentro do exíguo período de 45 dias de campanha eleitoral, determinado pela legislação em vigor, tal programação de debates, concentrados na capital de São Paulo, é incompatível com a agenda política e a realização de atos públicos de campanha, que exigem deslocamentos pelas 27 unidades da federação”, diz a aliança lulista.

“Diante dessa realidade, sugerimos aos jornais e emissoras de rádio e TV, por meio de suas representações nacionais, que se organizem em pool para a realização de um número razoável de debates, como acontece em outros países de tradição democrática. No caso do Brasil, acreditamos que a organização de até três debates nacionais permitiria a contribuição das emissoras para o processo eleitoral, preservando a mobilidade dos candidatos para o diálogo democrático e direto com a população e seus aliados regionais”, segue a carta dos caciques.

A íntegra da carta:

“Oficio 001-VJPB/2022

Brasília, 15 de junho de 2022.

Aos Srs. Flávio Lara Resende, Presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), Marcelo Antônio Rech, Presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ),

Os Partidos Políticos que assinam esta carta reconhecem a relevância dos debates entre candidatos às eleições em todos os níveis. No Brasil, como em outros países, debates contribuem para informar os eleitores e enriquecer o processo eleitoral. Não é menos importante o contato direto dos candidatos com os eleitores, insubstituível para o diálogo em torno das questões que afetam diretamente a população, especialmente num país vasto e regionalmente diverso como o nosso.

Para as eleições presidenciais deste ano, pelo menos dez debates entre candidatos estão sendo propostos por veículos de mídia, entidades de classe e religiosas, sempre com previsão de transmissão ao vivo por emissoras de rádio e TV e portais de veículos de imprensa.

Dentro do exíguo período de 45 dias de campanha eleitoral, determinado pela legislação em vigor, tal programação de debates, concentrados na capital de São Paulo, é incompatível com a agenda política e a realização de atos públicos de campanha, que exigem deslocamentos pelas 27 unidades da federação.

Diante dessa realidade, sugerimos aos jornais e emissoras de rádio e TV, por meio de suas representações nacionais, que se organizem em pool para a realização de um número razoável de debates, como acontece em outros países de tradição democrática.

No caso do Brasil, acreditamos que a organização de até três debates nacionais permitiria a contribuição das emissoras para o processo eleitoral, preservando a mobilidade dos candidatos para o diálogo democrático e direto com a população e seus aliados regionais.

Contando com sua compreensão e compromisso com o processo democrático em nosso país, nos colocamos à disposição para avançar nesta proposta.

PCdoB, Luciana Santos

PSB, Carlos Siqueira

PSOL, Juliano Medeiros

PT, Gleisi Hoffmann

PV, José Luiz Penna

Rede, Wesley Diógenes -Porta Voz

Solidariedade, Paulinho da Força”.

Via PE Notícias

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