Em São Paulo, Lula ataca Bolsonaro em ato das centrais sindicais pelo dia 1º de maio

Lula discursou em ato do dia do trabalhador em São Paulo Foto: AMANDA PEROBELLI / REUTERS

SÃO PAULO — Em discurso iniciado com mais de duas horas de atraso para tentar evitar uma plateia esvaziada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou neste domingo, em ato de comemoração do 1º de Maio realizado pelas centrais sindicais, na Praça Charles Miller, no Pacaembu, na Zona Oeste de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o chamou mais uma vez de “genocida”.

Lula discursou em meio a apresentações musicais. Antes da fala do petista, se apresentaram, entre outros, a sambista Lecy Brandão e o rapper Dexter. Após o ex-presidente, entram no palco o DJ Kl Jay e a cantora Daniela Mercury, estrela principal do cardápio cultural da noite.

Pela programação inicial, os shows só deveriam começar após o ato político, cujo ponto alto seria justamente a fala de Lula. Mas para que o ex-presidente não falasse para uma plateia esvaziada, as apresentações de artistas começaram antes.

Quando Lula subiu ao palco, às 15h15, havia mais pessoas na praça do que no começo da tarde. Mesmo assim, apenas metade do espaço reservado para os participantes do ato estava ocupado.

Ato do Dia do Trabalhador organizado pelas centrais sindicais em São Paulo Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

No começo da sua fala, Lula, para evitar problemas com a Justiça Eleitoral, alertou que não podia falar de eleição e que estava lá para discutir os problemas dos trabalhadores. O ex-presidente disse que todo mundo tinha uma vida melhor quando ele estava no governo pois era dado aumento real do salário mínimo.

Como tem feito, o petista defendeu que as pessoas que trabalham por meio de aplicativos de entrega ou de transporte de passageiros devem ter direitos.

— Vamos ter que sentar numa mesa e regulamentar a vida das pessoas que trabalham com aplicativo. Estes companheiros podem ser tratados como se fossem escravos, eles precisam ter direito a um programa de saúde, a assistência social, a assistência médica, a seguro quando baterem no seu carro ou na sua moto, ou na bicicleta. Essas pessoas têm que ter seu descanso semanal remunerado pois a escravidão acabou em 13 de maio de 1888.

O petista falou por apenas 15 minutos, um discurso rápido para os seus padrões. Os presentes vestiam camisas de centrais sindicais ou sindicatos. Nas faixas e cartazes, o principal alvo era Bolsonaro, chamado de “genocida”.

Com exceção da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), todas as principais centrais sindicais anunciaram apoio à pré-candidatura de Lula na eleição deste ano. O petista foi o único presidenciável a comparecer. A CSB realizou um ato separado neste domingo, em Itatiba (SP).

Por O Globo

O petista atacou novamente Bolsonaro, após um discurso duro na Convenção do PSOL, neste sábado, que oficializou o apoio do partido à sua candidatura presidencial:

— Não aceitamos esse ódio que está sendo imposto por esse genocida que governa o país. Eu disse ontem e vou dizer agora: ao invés de abrir salões e salões de treino de tiros, vamos abrir salões para fazer biblioteca.

O ex-presidente ainda insinuou que aliados de Bolsonaro têm relação com o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL): 

— Este cidadão só governa, para quem sabe, os milicianos deles. E alguns inclusive têm responsabilidade pela morte da Marielle que a gente quer saber quem é que mandou matar a Marielle.


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