LÍDER Segundo Danilo Cabral, PSB adota a estratégia de consolidar uma frente ampla contra Bolsonaro Foto: CHICO FERREIRA/DIVULGAÇÃO
O PSB e os partidos aliados sabem que para ter vida mais fácil precisam do apoio de Lula (PT) em Pernambuco.
Ninguém precisa lembrá-los disso, está na conta.
O que também faz parte do cálculo e tem dado preocupação a muitos é que ninguém garante o empenho dos petistas caso eles fiquem com a vaga de senador.
Se ficarem com a vice, é mais garantido. Porque estariam no mesmo barco.
O motivo?
Vamos recapitular:
Danilo Cabral (PSB), o candidato a governador, votou a favor do impeachment de Dilma (PT) em 2016.
Acontece que se o PT ficar com a vaga do Senado, a vice será ocupada por um candidato indicado, provavelmente, por um partido que está ao centro ou à direita e que, provavelmente, também votou pelo impeachment de Dilma.
Por mais que a chapa seja a mesma, a eleição para senador é solteira. Se o PT ficasse na vice, seria obrigado a pedir votos para Danilo.
No PSB há esse temor, embora não se fale muito no assunto para não criar um novo problema com o PT, além das dificuldades já existentes.
Um integrante da Frente Popular resumiu a questão para a coluna:
"Num mundo em que todo mundo sabe como o PT funciona e sabe que eles só trabalham em proveito próprio. Podendo fazer um senador sem amarrações maiores, dá pra confiar que eles vão pedir voto pro sujeito que ajudou a derrubar a presidente deles?".
O que aconteceu em 2016
Danilo Cabral (PSB) era secretário na primeira gestão de Paulo Câmara (PSB) quando decidiu reassumir o cargo de deputado apenas para votar pelo impeachment.
Na época, justificou a volta num discurso ao então presidente da Câmara Eduardo Cunha. “Reassumi o mandato por entender que nesse momento tão importante para a vida do nosso país, não cabia fazer a delegação deste momento".
O deputado, que agora tem a promessa de apoio do PT, continuou o discurso finalizando com seu voto contra Dilma: "em nome de sonhos de um Brasil mais igual. De um Brasil mais equilibrado, com um Estado que faça as entregas que a população deseja. Em nome daquilo que ele (Eduardo Campos) nos pediu: coragem para mudar o Brasil. Sim!".
Via JC On Line
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