Pesquisadores apontam falhas no cadastramento de dados sobre vacinação contra Covid em municípios de Pernambuco


A falta de um padrão na divulgação e de atualização dos dados sobre a vacinação contra a Covid-19, segundo pesquisadores, atrapalha o monitoramento da imunização em todo o país. Em Pernambuco não é diferente. Preocupados com as informações e números que não batem, pesquisadores de várias universidades do país formaram um consórcio e criaram o portal ModCovid19.

Eles querem saber qual caminho às vacinas estão seguindo. A dificuldade é chegar aos números exatos de quem recebeu apenas uma dose, as duas ou quantas pessoas estão em atraso com a imunização.

Para isso, fazem um levantamento que usa inteligência artificial e a matemática para oferecer soluções aos municípios que precisam monitorar o problema com a distribuição das vacinas.

Em Pernambuco, os dados apontam que 35% das pessoas que tomaram a primeira dose da vacina da Astrazeneca/Fiocruz no estado ainda não finalizaram o esquema vacinal.

O índice , de acordo com o coordenador do Laboratório de Estatística e Ciência de Dados da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Krerley Oliveira, chama atenção por ser acima da média nacional.

“É preocupante. Quando você olha para o interior de Pernambuco, a situação é mais preocupante ainda. Em relação à capital, o interior tem um índice de atraso muito maior”, observou.

De acordo com Krerley Oliveira, no interior é eventualmente maior a dificuldade para oferecer esse serviço à população. “Por ela estar mais espalhada em áreas mais remotas e com menos informação para buscar a vacina”, disse.

Os projetos que empregam inteligência artificial e a matemática são desenvolvidos desde março do ano passado para oferecer soluções aos municípios que precisam monitorar o problema com a distribuição das vacinas.

“A primeira coisa que nós fazemos é baixar os dados do Ministério da Saúde que estão abertos. Hoje, são mais de 70 milhões de registros. A gente processa esse montante de informações usando equipamentos especiais e consegue oferecer várias informações importantes para cada um dos municípios brasileiros”, destacou o pesquisador.

A duplicação de registros é apontada como o principal problema identificado no monitoramento da campanha de vacinação contra a Covid-19.

“Nós temos cerca de 1 milhão e 300 mil registros que se repetem. Isso é um problema que precisa ser solucionado pelo ministério junto às secretarias dos estados. Nós percebemos também um número expressivo de pessoas que tomaram a segunda dose e que não tinham a primeira dose registrada. Quase 1 milhão de aplicações”, afirmou Krerley Oliveira.

Via PE Notícias 

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