‘É chamado de satanista’, diz polícia sobre Lázaro Barbosa, o ‘serial killer’ do DF


Há indícios que baiano teria feito pacto com o demônio, dizem investigadores (Foto: Reprodução)

Além da psicopatia e barbaridade de seus crimes, também chama a atenção da polícia a habilidade de Lázaro Barbosa, baiano conhecido como o ‘Serial Killer de Brasília’, em escapar e sobreviver nas matas do Planalto Central. Por conta dessas características ‘sobre-humanas’, o maníaco vem sido chamado de “satanista” pela polícia do Distrito Federal.

Lázaro mobiliza uma operação que já dura sete dias e reúne mais de 200 policiais à sua procura. Ele é suspeito de ter matado quatro integrantes da mesma família. Durante sua semana de fugas, ele invadiu fazendas, transformou inocentes em refém, roubou e incendiou carros.

Para localizá-lo, policiais estão a pé, usando cães e cavalos. Eles também cercaram a mata entre o DF e o Entorno de Goiás, usando drones e um helicóptero.

Ao todo, 34 propriedades rurais estão ocupadas pela polícia para garantir a segurança dos moradores e encontrar o suspeito. “Ele é o chamado satanista”, disse a polícia ao G1.

Satanismo é a “associação simbólica, admiração e até veneração a Satanás”. Segundo a polícia, foram encontrados indícios de que Lázaro participe de rituais “desse tipo”.

Os investigadores acreditam também que ele “não está disposto a se entregar”. Já o que dificulta ainda mais a localização do suspeito, conforme os investigadores, é que Lázaro é “um mateiro experiente, que anda e dorme pelas matas”.

Lázaro é tratado pelas autoridades como “psicopata” e “imprevisível”. Desde o assassinato da família, em Ceilândia, o criminoso invadiu, pelo menos, mais três propriedades rurais e praticou outros quatro crimes de roubo e ameaças nas regiões do DF, e de Cocalzinho, em Goiás.

Já era conhecido assim na Bahia

Lázaro é natual de Barra do Mendes, cidade na região noroeste da Bahia. Foi lá que ele começou sua jornada de crimes quando tinha 19 anos, ainda em 2007. Seus primeiros assassinatos foram dois homens que tentavam proteger uma garota que ele perseguia por estar supostamente “apaixonado”.

Após o duplo homicídio, a história foi parecida com a que vivemos hoje. Durante 15 dias, ele fugiu se escondendo pelas matas e grutas da região. A caçada só terminou quando ele resolveu se entregar para a polícia.

A capacidade de ele se esconder, aliada à violência dos crimes, criou um boato na cidade de que Lázaro havia feito um pacto com o diabo, mesma história contada atualmente.

Saiba mais sobre a história de Lázaro na Bahia: ‘Serial killer’ procurado no DF matou dois homens ao perseguir adolescente na Bahia

“A polícia de todo o canto veio atrás dele, mas não o encontrou. O povo dizia que ele tinha feito um pacto com o diabo e virava toco e por isso não era visto. Isso quem contava era o povo da roça, mas a gente sabe que isso tudo é medo. A região é cheia de gruta e ele aproveitava para se esconder. Ele só se entregou à polícia porque estava com fome e uma hora poderia ser morto”, explica uma moradora de Barra do Mendes.

Quando ainda estava escondido na serra, Lázaro usava uma tática para despistar a polícia. Ele usava os chinelos ao contrário, assim produzia pagadas para o sentido contrário que estava indo. “Ele amarrava os pés no lado contrário que as pessoas usam as sandálias, assim fazia uma falsa trilha que levada os policiais para mais distante dele”, relatou.

Crime no DF

200 policiais, sete dias de perseguição e um rastro de sangue pelo caminho. A caçada pelo baiano Lázaro mobiliza a polícia do Distrito Federal após a chacina de uma família em Ceilândia no ultimo dia 9 de junho.

(Foto: Reprodução)

Naquele dia, o suspeito invadiu uma chácara – segundo a investigação, a ideia era roubar a família, mas o crime virou algo muito mais sanguinolento. A empresária Cleonice Marques, 43, teria percebido a ação do bandido e avisado aos familiares. Lázaro então matou o marido e os filhos dela, Cláudio Vidal, 48, e Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. Após o triplo homicídio, ele fugiu levando a empresária, que foi feita refém. A mulher ainda conseguiu ligar para o irmão, que chegou à casa e encontrou os três corpos, mas já não achou Cleonice.

A empresária foi encontrada morta três dias depois, no sábado (12). O corpo estava em um córrego próximo a Sol Nascente, também no Distrito Federal. O cadáver estava sem roupa e com diversos cortes. Exames vão determinar se houve violência sexual.

Desde então, já são seis dias de buscas intensas da polícia do DF por Lázaro. Dois esconderijos onde ele se escondia para cometer crimes em propriedades da região do Incra 9 foram descobertos pela polícia. Todos são em região de mata, comprovando a fama de “mateiro” experiente de Lázaro. Foram encontrados lona, colchões, roupas, calçados e garrafas de água. Ele costumava ficar nesses pontos antes dos crimes. O corpo de Cleonice estava a cerca de 10 minutos de um dos esconderijos.

Um dos esconderijos achados pela família (Foto: PC/DF)

Lázaro também praticou outros crimes no DF antes. Segundo a polícia, ele é acusado por roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo no DF e em chácaras do estado de Goiás. Ele chegou aser preso em 8 março de 2018, pelo Grupo de Investigações de Homicídios de Águas Lindas, mas fugiu do presídio quatro meses depois, no dia 23 de julho. Desde então, Lázaro estava foragido também no DF.

Policiais são baleados em Goiás durante busca por ‘serial killer do DF’.

Dois policiais militares foram baleados, nesta terça-feira (15), e estão foram atendidos em hospitais goianos durante buscas por Lázaro Barbosa de Sousa, assassino de 32 anos que está fugindo de uma força-tarefa de mais de 200 policiais há seis dias entre o Distrito Federal e o estado de Goiás.

Lazáro, que é natural da cidade baiana de Barra do Mendes, é suspeito de matar uma família em Ceilândia (DF). De acordo com Corpo de Bombeiros, os militares foram atingidos com tiros de raspão.

Segundo informações do G1, o primeiro policial foi ferido pela manhã. De acordo com o capitão dos bombeiros Maurílio Correia Cesar, o agente foi encaminhado ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia.

O segundo policial foi baleado por volta das 15h. Os bombeiros informaram que ele é um sargento da Polícia Militar e que foi atingido com um tiro de raspão no rosto. A corporação disse ainda que o tenente foi encaminhado consciente e de helicóptero para um hospital de Anápolis, a 55 km da capital Goiânia.

A polícia não informou se houve troca de tiros com o suspeito nem as circunstâncias em que os militares foram baleados. Os nomes dos policiais também não foram divulgados.

Lázaro está fugindo de uma força-tarefa de mais de 200 policiais há seis dias pela região goiana que fica no Entorno do DF. Durante a fuga, de acordo com a PM, ele invadiu chácaras, atirou em quatro pessoas, das quais duas estão em estado grave, furtou um carro e o abandonou na BR-070.

Imagens de uma câmera de vigilância, divulgadas nesta terça-feira, mostram o suspeito se escondendo da polícia em um galpão de uma chácara em Cocalzinho de Goiás. Testemunhas relatam que ele dormiu no local e não ameaçou ninguém.

Homicídios

Os homicídios, que motivaram o apelido de ‘serial killer do DF’, foram contra a família na quarta-feira (9). Ele é suspeito de assaltar a fazenda e matar a tiros e a facadas os integrantes da família.

As vítimas foram o empresário Cláudio Vidal, 48 anos; Cleonice Marques de Andrade, 43, mulher do empresário, que foi sequestrada e morta; além de Gustavo Vidal, 21, e Carlos Eduardo Vidal, 15, filhos do casal. O corpo da mulher foi achado no sábado (12) na mata próxima à casa.

De acordo com a PM, ele invadiu chácaras, atirou em quatro pessoas, das quais duas estão em estado grave, furtou um carro e o abandonou na BR-070. Também estão sendo feitas buscas pelo assassino fugitivo na Bahia, onde ele já responde pelo assassinato de dois homens durante a perseguição de uma adolescente.

Por Correio 24h

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