EUA supera meio milhão de mortes pela Covid-19, enquanto Índia pede calma na espera pelas vacinas


Presidente do Estados Unidos, Joe Biden - Foto: POOL / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Ima

Os Estados Unidos superaram, nesta segunda-feira (22), as 500 mil mortes pelo novo coronavírus, enquanto a aceleração da vacinação no mundo oferece um vislumbre de esperança, como na Inglaterra, que se prepara para uma "prudente" suspensão do confinamento.

Diante do marco sombrio nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden ordenará que as bandeiras dos prédios do governo federal sejam hasteadas a meio mastro por cinco dias, anunciou sua porta-voz, Jen Psaki. 
O presidente democrata planeja falar à nação antes de participar de uma cerimônia à luz de velas e um minuto de silêncio com sua esposa Jill, junto com a vice-presidente Kamala Harris e seu marido Doug Emhoff, na Casa Branca. 

Ao contrário de seu antecessor, o republicano Donald Trump, que muitas vezes procurou minimizar a doença, Biden fez do combate à pandemia sua prioridade. O presidente alertou que o número de vítimas nos Estados Unidos pode ultrapassar 600 mil. 

Mas nos Estados Unidos e no resto do mundo há sinais de progresso para superar a pandemia declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março de 2020, com queda acentuada nas infecções e aumento constante nas entregas de vacinas.

Normalidade em junho?

No Reino Unido, com mais de 120 mil mortes, o primeiro-ministro Boris Johnson revelou nesta segunda-feira um plano "prudente" e "progressivo" para retirar a Inglaterra do confinamento imposto no início de janeiro, após uma explosão de casos ligados à variante britânica do Sars-CoV-2.

O retorno dos alunos às escolas está previsto para 8 de março e as vendas no varejo não essenciais a partir de 12 de abril. Em 17 de maio será possível assistir a jogos esportivos e demais restrições de distanciamento social devem ser retiradas em 21 de junho.

Na Alemanha, apesar dos temores de uma terceira onda relacionada à variante britânica, as escolas reabriram após um fechamento de dois meses. Ainda assim, é improvável que haja uma data final clara para os riscos de contágio de um vírus facilmente transmissível. 

O principal conselheiro de saúde de Biden, Anthony Fauci, lembrou que os americanos podem ter que usar máscaras até 2022. Em todo o mundo, o número de óbitos é próximo a 2,5 milhões. 

Os países com mais mortes depois dos Estados Unidos são o Brasil (mais de 246 mil), México (mais de 180 mil), Índia (cerca de 156 mil) e Reino Unido (mais de 120 mil).

Índia pede paciência
Os Estados Unidos anunciaram sua primeira morte em fevereiro do ano passado e só ultrapassaram a marca de 100 mil três meses depois, durante uma primeira onda que atingiu especialmente Nova York. 

Mas à medida que o surto se espalhou pelos Estados Unidos, o ritmo aumentou, com o número subindo para 400 mil há pouco mais de um mês, após um aumento causado em parte pelos feriados de fim de ano. 

Enquanto isso, a Índia, o segundo país mais afetado do mundo em termos de infecções, ultrapassou um limiar desolador ao registrar seus 11 milhões de casos. 

Novas restrições às reuniões entraram em vigor no estado ocidental de Maharashtra, lar da capital financeira do país, Mumbai, que registrou quase 52 mil mortes desde o início da pandemia.

O Instituto Serum, maior fabricante mundial de vacinas, pediu aos países que aguardam fornecimento que sejam "pacientes", depois que o governo pediu prioridade à demanda interna.

Na capital, Nova Délhi, a vendedora de vegetais Radhekrishna Negi refletiu o sentimento de toda a humanidade quando disse à AFP: "estou farta do coronavírus." 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou, nesta segunda-feira, que a pandemia esteja sendo utilizada por alguns países, que ele não mencionou, para calar "vozes contrárias" e silenciar a mídia.

Por AFP

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