Lula se nega a comentar citações sobre ele em livro de Barack Obama

Ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama e o ex-presidente do Brasil, Lula - Foto: Ricardo Stuckert

O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva se recusou a comentar as declarações sobre ele publicadas no novo livro do ex-presidente dos EUA Barack Obama.

O Tammany Hall citado por Obama na passagem sobre o brasileiro é uma organização política fundada no fim do século 18 e associada a corrupção e abuso do poder de meados do século 19 até o início do século 20 em Nova York, com forte influência no braço local do Partido Democrata.

Lula, que presidiu o Brasil entre 2003 e 2010, é réu em vários processos sob acusação de corrupção. Ele foi preso em abril de 2018 e ficou 580 dias detido em Curitiba. Foi solto após o Superior Tribunal Federal determinar que a prisão de acusados só pode ocorrer após todos os recursos judiciais se esgotarem.

O petista foi condenado sob a acusação de receber um tríplex no Guarujá como propina paga pela OAS em troca de um contrato com a Petrobras, o que ele sempre negou. O caso ainda tem recursos pendentes.

Além do caso tríplex, Lula foi condenado em primeira instância a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem no caso do sítio de Atibaia (SP). O ex-presidente ainda é réu em outros processos na Justiça Federal em São Paulo, Curitiba e Brasília.

Quando Obama tomou posse, em janeiro de 2009, Lula era presidente do Brasil. Em abril daquele ano, em uma cúpula do G20 em Londres, Obama chegou a dizer que Lula era "o cara" e "o político mais popular da Terra". Meses depois, Obama fez novos elogios. "O presidente Lula tem uma orientação política muito diferente da maioria dos americanos", disse, durante entrevista coletiva na Casa Branca.

"Ele surgiu do movimento sindical e era visto como um forte esquerdista. Ele se mostrou uma pessoa muito prática, que, apesar de manter relações por todo o espectro político da América Latina, realizou todos os tipos de reformas de mercado inteligentes que fizeram o Brasil prosperar", afirmou o americano.

Por Folhapress


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