No final da manhã desta segunda-feira, 26, ao exercer o ofício da sua profissão, o jornalista Leonardo Dias que encontra-se em Paulo Afonso trabalhando na Coligação Inova Paulo Afonso, do candidato a prefeito da cidade, Anilton Bastos, foi vítima de agressão por parte de um funcionário ligado à Prefeitura do município.
Ele e sua equipe realizavam uma reportagem no Hospital Covid (UPA) sobre a falta de pagamento da prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, a diversas empresas que prestam serviços de equipamentos, usados no espaço de biossegurança em ações contra o Covid. Na ocasião, o profissional da imprensa teve um spray com produto ainda desconhecido lançado em seu rosto (vídeo abaixo).
Foi prestado o Boletim de ocorrência sobre o caso, o sindicato dos jornalistas de Sergipe já entrou em contato em apoio aos seus profissionais, comunicando também que irão acionar o sindicato de jornalistas da Bahia e a Federação Nacional dos Jornalistas.
“Nós jornalistas não podemos nos calar diante de situações como essa. Usam da opressão para tentam nos calar a todo custo. A política tem que ser feita de forma responsável e transparente sem ferir os diretos de qualquer cidadão. Lutamos pela democracia. Temos que acabar com o coronelismo, onde prefeito e os seus funcionários acham que mandam em tudo’’, desabafou o jornalista Leonardo Dias.
Em nota, a prefeitura de Paulo Afonso disse que “repudia todo e qualquer ato de violência ou intimidação, primando pelo respeito a todos os cidadãos. Dessa forma, inicia a averiguação dos fatos para que sejam tomadas as medidas cabíveis.”
Sobre o contrato, a retirada dos equipamentos da UPA Covid e a falta de pagamento
Em entrevista à rádio Angiquinho FM, um representante da empresa de biossegurança que presta serviços ao hospital, de nome Felipe, confirmou que a retirada dos equipamentos da unidade foi por falta de pagamento por parte da prefeitura. De acordo com ele, são três meses de atraso e aproximadamente R$ 120 mil de dívidas.
“Nós chegamos a notificar uma primeira vez, não obtivemos resposta e nem um tipo de acordo e em seguida a gente entrou com outra ação judicial dando um prazo e tudo que a gente está fazendo aqui está respaldado. O proprietário da empresa chegou a conversar com o procurador do município, mas não houve acordo, não houve pagamento no caso.”, disse Felipe.
O que diz a prefeitura
A Prefeitura de Paulo Afonso esclarece os fatos ocorridos nesta segunda-feira (26), na UPA-Covid, sobre a retirada de material da empresa prestadora de serviço.
A direção da UPA explica que durante a abertura da unidade de saúde, para que houvesse maior rapidez para o atendimento da população no tratamento da Covid-19, houve aluguel de divisórias, entre outros produtos . No entanto, com o passar dos meses, houve remodelação na estrutura, sem que houvesse mais a necessidade do aluguel, sendo acordada com a empresa a retirada dos mesmos desde setembro, porém só foi realizada hoje.
A direção da UPA ressalta que com relação ao pagamento, o valor foi dividido e também acordado com os proprietários.
A Secretaria de Saúde reforça que a saída deste material não atrapalha em nada o serviço disponibilizado, mas a verba que era utilizada no aluguel será revertida em melhorias da própria unidade. A direção enfatiza que a equipe trabalha para ofertar na Upa Covid todo o atendimento necessário para a população, com compromisso, responsabilidade, e de forma incansável, priorizar o salvamento de vidas.