Foto: Evaristo Sá
O presidente Jair Bolsonaro voltou a sinalizar que poderá indicar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para substituir a vaga de Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF) no fim do ano.
Celso se aposentará em novembro, abrindo espaço para o presidente emplacar seu primeiro nome na corte. Aliados de Bolsonaro veem no gesto de indicar Moro um movimento para blindar um cenário em que ele pode surgir como seu adversário nas urnas na disputa presidencial de 2022.
De acordo com a Folha de S Paulo, o ministro tratou da possibilidade de ir para o STF em conversa com o presidente após a polêmica sobre a recriação do Ministério da Segurança Pública, no qual, Bolsonaro já descartou a possibilidade de recriação.
O diálogo reservado foi apelidado por integrantes da equipe de Moro como uma “DR”, uma discussão da relação.
Um dos pontos sensíveis é a Polícia Federal. Uma saída de Moro pavimenta um caminho para Bolsonaro mexer no seu comando, desejo já sinalizado por ele no ano passado.
Em julho do ano passado, o presidente havia definido que escolheria para o Supremo um jurista com respaldo da comunidade religiosa. “Poderei indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal. Um deles será
terrivelmente evangélico”, disse.
O ministro da AGU (Advocacia Geral da União), André Mendonça, surgiu então como primeira opção, tendo sido citado pelo próprio Bolsonaro. Nos bastidores, no entanto, o presidente passou agora a cogitá-lo para a segunda cadeira a ficar no vaga no STF, a do ministro Marco Aurélio Mello, que tem aposentadoria prevista para 2021.
Via Portal de Prefeitura