Ao deixar Pequim rumo aos Emirados Árabes, o presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que poderia deixar o PSL. Em meio à crise interna no partido, Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que pretende trabalhar pela eleição “de uns 40 candidatos” nas eleições municipais.
— Tudo pode acontecer, nunca fui muito afeto a política. Em 28 anos na Câmara, nunca fui nem presidente de comissão, disse, com um discurso afinado para um eleitorado que o vê como o representante da anti-política.
Bolsonaro disse que não se preocupa com os reflexos da crise do PSL sobre a Câmara porque as votações na Casa estariam se dando “por ideal”. Para o presidente, no PSL “tem uns 30” que estão fechados com o governo e, dos restantes apenas meia dúzia havia partido “para o radicalismo”.
— Os outros sabem que, na eleição do ano que vem, é melhor tirar uma foto comigo, afirmou o presidente que disse ainda que pretende trabalhar por “uns 40 candidatos” nas eleições municipais.
Bolsonaro chamou de “irresponsáveis” as notícias de que a lua de mel de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), havia sido bancada com recursos do fundo partidário.
— Como ele pôde fazer isso se quem controla os recursos é o [Luciano] Bivar?
Em meio à crise travada com o PSL, o presidente já reconheceu que trabalha com a possibilidade de deixar o PSL. Ele também afirmou que gostaria de ter o poder de vetar candidaturas do partido na eleição municipal do próximo ano.
Ao ser indagado se havia chance de sair do PSL, Bolsonaro respondeu:
— Lógico que existe. Não vou negar pra você. Nós queremos ver se há uma maneira de compor, que é muito difícil, porque a executiva, no meu entender, tem que abrir, tem que ser democrática.
Via PE Notícias