Senador Humberto Costa/foto: Roberto Stuckert Filho/divulgação
O senador Humberto Costa afastou veementemente qualquer hipótese de um ‘racha’ no Partido dos Trabalhadores (PT), após a condução do deputado estadual Doriel Barros à presidência da executiva da legenda em Pernambuco. Ao Programa Carlos Britto, na Rural FM, nesta terça-feira (22), Humberto foi categórico: “A não ser que exista, da parte de alguém, o desejo de dividir o partido politicamente ou interesses pessoais se sobreponham aos interesses do partido”.
De acordo com Humberto, o PT já protagonizou disputas internas importantes e saiu unido. Em relação a Petrolina, o senador afirmou que o cenário é o mesmo em nível estadual. “Não vejo por que haver qualquer tipo de discórdia”, declarou, referindo-se a um dos principais nomes petistas no município, o atual presidente do IPA Odacy Amorim.
Odacy acompanhou Humberto na chapa de Doriel, enquanto a vereadora Cristina Costa e seu colega de bancada, Professor Gilmar Santos, defenderam a recondução de Glaucus Lima. O senador disse que, após o fim de mais um Processo de Eleições Diretas (PED) na legenda, a discussão em torno de 2020 “se darão em outro momento”.
O senador assegurou que os aliados do PT serão convidados a discutir todas as possibilidades em Petrolina – se haverá uma candidatura própria na majoritária ou se o partido sai apoiando outro candidato. “Isso não tem uma relação tão direta com as escolha dos que foram indicados para dirigir o partido. Creio que haverá bom senso para se construir um caminho que possa ser apoiado por todos”, ponderou.
Competitivo
Humberto disse ainda que o PT tem totais condições de ir para a disputa municipal em alto nível de competitividade, seja com Odacy ou com outros quadros da legenda, mesmo reconhecendo o grau de dificuldade para enfrentar o atual prefeito, Miguel Coelho (MDB), que deve tentar a reeleição. Segundo Humberto, os recursos federais despejados em Petrolina, terra-natal de Fernando Bezerra Coelho (MDB) – líder do Governo Bolsonaro no Senado – será um grande desafio.
“O resto do Estado não tem nada, mas em Petrolina o dinheiro rola. Mas eu creio que a própria população tem a noção de que estar ao lado desse governo (Bolsonaro), ainda que tendo acesso a tantos recursos, é desmanchar com os pés aquilo que está sendo construído com as mãos. Ou seja, Pernambuco sofre com a discriminação promovida pelo presidente Bolsonaro. O sofrimento das pessoas com o agravamento das desigualdades, da pobreza, da fome, também pesa e tenho certeza que o voto será entre Bolsonaro e seu time, e uma realidade que o Brasil já viveu e que foi muito melhor”, finalizou.