Uma mulher de 31 anos foi vítima, na madrugada de quinta-feira, de um estupro praticado por três homens no Centro de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. Os suspeitos foram presos no local onde cometeram o crime. De acordo com a Polícia Civil, a mulher havia tomado um remédio e, ao ingerir bebida alcoólica, começou a passar mal. A vítima caminhava pela Avenida Getúlio de Moura quando um homem de 61 anos ofereceu ajuda e a levou para residência dele dizendo que iria cuidar dela. Ao chegar ao local, ele chamou outros dois conhecidos.
De acordo com os investigadores da Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher (Deam) de São João de Meriti, eles se aproveitaram da fragilidade da mulher e a estupraram durante cinco horas.
— Isso aconteceu durante toda a madrugada. Pela manhã, a mulher foi libertada pelos homens e socorrida por populares. Ela foi atendida no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes e depois veio até a delegacia prestar depoimento. Ela nos indicou a residência, fomos até o local onde os homens ainda permaneciam. Num primeiro momento, eles negaram o crime. Em seguida, admitiram e alegaram que o sexo foi consentido — disse a delegada Ana Carla Moura, titular da Deam de São João.
Segundo a delegada, mesmo que o sexo tivesse sido consentido a vítima estava vulnerável por ter consumido medicamentos e bebida alcoólica. No local do crime, os agentes recolheram imagens de câmeras de segurança para a identificação dos suspeitos. Uma testemunha já prestou depoimento.
— Eles não poderiam ter feito o que fizeram com a vítima. Não bastasse ter abusado sexualmente dela, eles ainda fotografaram. Em um dos celulares dos suspeitos, encontramos uma foto do ato. Em um outro aparelho, notamos que eles apagaram as fotos e vídeos — afirmou Ana Carla.
Ana Carla classificou o crime como bárbaro e repugnante.
— A mulher tem liberdade para andar onde quiser, na hora quiser, beber e fazer o que quiser de sua vida. O que não pode acontecer são brutalidades como essa. Eles se aproveitaram da situação da mulher .— O que fizeram foi uma tremenda covardia. Foram três homens contra uma mulher — completou Ana Carla.
Por Agência O Globo