Compesa deixa a conta de água mais cara


A partir do dia 13 de agosto próximo os clientes da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), irão pagar 6,72% a mais na conta de água. A resolução da Agência de Regulação de Pernambuco, com o percentual de aumento homologado, deve ser publicada hoje (13) no Diário Oficial do Estado, segundo a Arpe, e entra em vigor em 30 dias.

Com o aumento, os consumidores terão um acréscimo de R$ 2,77 na tarifa mínima convencional. Um cliente da Compesa que utiliza até 10 mil litros de água por mês (10 m³) e que hoje paga R$ 41,30 vai passar a pagar R$ 44,07. Os clientes de baixa renda que têm direito a tarifa social, terão um aumento na conta de água da ordem de R$ 0,52. A tarifa social vai passar de R$ 8,63 para R$ 9,20.

O processo de atualização da tarifa da Compesa chega ao fim depois de uma longa negociação com a Arpe, da qual a Compesa não teve o seu pleito atendido. A companhia havia pedido uma correção de 17,66% nas contas de água e esgoto, em 2018, ainda durante o processo de revisão tarifária (que acontece a cada quatro anos). 

A revisão deveria ter sido realizada no início do ano passado, mas foi adiada para este ano de 2019. Como forma de compensação, a agência reguladora autorizou a Compesa a aplicar um reajuste provisório no ano passado de 2,78% nas contas de água, como forma de repor a inflação do período, e que deveria ser abatido no momento previsto para a conclusão da revisão tarifária.

A revisão, diferente do reajuste, serve para corrigir o que os técnicos chamam de insuficiência no orçamento que, em valores atualizados, estaria em R$ 270 milhões. Na revisão, são analisados pela agência de regulação os investimentos, custos e realização dos gastos da empresa. É nesse processo que também é definido o cálculo para os reajustes que serão aplicados nos anos posteriores, até a próxima revisão. 

Segundo a estatal, o principal custo da empresa, a energia elétrica, aumentou bastante. A Compesa é o maior cliente da Celpe. O alto custo com energia se explica pela pouca disponibilidade hídricas na região do semiárido. A empresa precisa levar água das regiões das bacias do Agreste Meridional para o Central e Sertão Central e faz isso utilizando bombas elétricas. De acordo com a empresa, o impacto no caixa aumentou muito do ano passado para este ano, quando a empresa gastava cerca de R$ 13 milhões com a conta mensal da Celpe, passando para os atuais R$ 18 milhões, um aumento de 38%.Na última revisão ordinária, de 2014, o incremento na tarifa foi de 8,75%. 

Via PE Notícias

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