Bolsonaro exige ‘punição severa’ a sargento flagrado com cocaína na Espanha


O presidente Jair Bolsonaro disse no final da tarde desta quarta-feira (26) no Twitter, que é “inaceitável” o caso do segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, detido após ter sido flagrado com 39kg de cocaína em avião da FAB (Força Aérea Brasileira) na Espanha.


Bolsonaro disse que exigiu “investigação imediata e punição severa” ao militar.

“Apesar de não ter relação com minha equipe, o episódio de ontem, ocorrido na Espanha, é inaceitável. Exigi investigação imediata e punição severa ao responsável pelo material entorpecente encontrado no avião da FAB. Não toleraremos tamanho desrespeito ao nosso país”, disse.

Na noite da terça-feira (25), Bolsonaro já tinha defendido a investigação do segundo-sargento.

“Determinei ao Ministro da Defesa imediata colaboração com a Polícia Espanhola na pronta elucidação dos fatos, cooperando em todas as fases da investigação, bem como instauração de inquérito policial militar”, disse.

O segundo-sargento Manoel Silva Rodrigues foi preso na manhã da terça-feira (25) por suspeita de tráfico de drogas em Sevilha, na Espanha. Ele se apresentou em um tribunal espanhol nesta quarta-feira (26).

O militar foi colocado em detenção provisória e está sendo acusado de cometer delito contra a saúde pública – categoria que inclui o tráfico de drogas na Espanha.

O segundo-sargento teria sido flagrado com 39 kg de cocaína distribuídos em 37 pacotes no aeroporto de Sevilha. Ele estava no avião da FAB da equipe que dá suporte à comitiva do presidente Jair Bolsonaro, um modelo Embraer 190, do Grupo Especial de Transporte.

A detenção de Manoel Silva Rodrigues foi feita durante um controle aduaneiro de rotina.

O segundo-sargento fez ao menos 29 viagens no Brasil e no exterior desde 2011, várias delas com o staff presidencial. Ele recebe salário bruto de R$ 7.298, segundo o Portal da Transparência, que lista o histórico das viagens.

Bolsonaro vai participar da cúpula de líderes do G20, no Japão, e embarcou na noite da terça-feira para Osaka. Ele faria escala em Sevilha, mas após a prisão do militar, seguiu para Portugal.

Em nota, Comando da Aeronáutica informou que instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias do caso.

“Esclarecemos que o sargento partiu do Brasil em missão de apoio à viagem presidencial, fazendo parte apenas da tripulação que ficaria em Sevilha. Assim, o militar em questão não integraria, em nenhum momento, a tripulação da aeronave presidencial, uma vez que o retorno da aeronave que transporta o Presidente da República não passará por Sevilha, mas por Seattle, Estados Unidos”, diz a nota.

PARA MORO, CASO É ‘EXCEÇÃO’

No Twitter, o ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) disse que o caso do militar “é uma ínfima exceção em corporação (FAB) que prima pela honra”.

“Os fatos serão devidamente apurados pelas autoridades espanholas e brasileiras. Como disse o presidente Bolsonaro, não vamos medir esforços para investigar e punir o crime”, afirmou.

Via PE Notícias

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