Corte na Educação já causa demissões em universidades de Pernambuco


Os cortes promovidos pelo Ministério da Educação nas instituições de ensino superior federais já agrava um dos principais problemas de Pernambuco: o desemprego. Somente nesta semana, diante da diminuição do orçamento previsto para o ano, a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) teve que cancelar contratos de serviços como segurança, manutenção, limpeza e cuidados com os animais, totalizando 112 demissões. De acordo com a reitora Maria José de Sena, a redução é gerada pela necessidade de readequação e não é descartado que outras reduções sejam realizadas.

O número de postos de trabalho em risco na soma entre a UFRPE, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) e Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) chega a 3,5 mil. Embora apenas a UFRPE tenha realizado cortes relacionados ao contingenciamento de verbas até o momento, a tendência é que todos as instituições federais de educação sejam forçadas a reduzir o quantitativo de funcionários terceirizados.

“Temos contratos feitos para o ano todo, então, cinco meses depois, cortar mais de 30%, significa parar as atividades e gerar desemprego. A UFPE tem 1.500 trabalhadores terceirizados, vai provocar mais desemprego”, afirmou o reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Anísio Brasileiro, durante o ato contra os cortes ocorrido na última quarta-feira (15). Em Pernambuco, todas as instituições atingidas pelos cortes garantem o funcionamento apenas até o início de setembro, caso o cenário atual não seja revertido.

Em média, a tesoura promovida pelo ministro Abraham Weintraub acarreta uma redução de 29,74% nas verbas não obrigatórias ou discricionárias, que se dividem entre custeio e investimento, de acordo com dados da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes). No caso da Univasf, por exemplo, o bloqueio ocorrido no dia 30 de abril representou a diminuição de pouco mais de R$ 11 milhões relativos ao custeio da universidade e cerca de R$ 500 mil que seriam destinados a investimentos, de acordo com dados da assessoria de comunicação.

A situação dos 16 campi do Instituto Federal de Pernambuco também é preocupante. Conforme dados fornecidos pela assessoria de comunicação, mais de R$ 21 milhões que seriam utilizados para garantir o funcionamento básico da instituição foram contingenciados, atingindo de forma significativa a segurança, limpeza, internet, energia elétrica e água. Das salas de aula e laboratórios, aos alojamentos estudantis, todos os setores das unidades distribuídas pelo estado têm o funcionamento em risco. 

Com informações da Folha de Pernambuco.

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