Náutico vence o Ceará no Castelão e vai à semi do Nordestão após 17 anos


Foi uma vitória enorme do Náutico. Atuando no Castelão, diante de 36 mil torcedores, contra um adversário técnico, da elite nacional, o alvirrubro mostrou um futebol extremamente competitivo, segurando o placar no 1º tempo e definindo no 2º tempo.

Com o 2 x 0, o campeão pernambucano voltou a vencer o vozão, lá, após 18 anos – eram 7 jogos de jejum. Com o 2 x 0, ampliou a invencibilidade no ano para 18 partidas (12V e 6E), a maior sequência do país. Com o 2 x 0, acima de tudo, voltou à semifinal da Copa do Nordeste. A jornada em 2019 já iguala as campanhas de 2001 e 2002, quando também terminou entre os quatro melhores. Desta vez, a equipe, uma mistura da base com experiência, parece com gosto para ir por mais.

Sobre o jogo, foi bem disputado como se esperava, com a pressão do mandante como se esperava. O 1T foi de domínio do Ceará, que jogou a maior parte do tempo no campo ofensivo e criou as melhores oportunidades – embora a posse geral tenha sido 50% x 50%. Em duas delas, com Wescley e Roger, os alvinegros ficaram a cara a cara com Bruno, que evitou o gol – em ambos os casos, com falha clara no posicionamento timbu. O vozão – estranhamente com uma formação mista – ainda acertou a trave com João Lucas, enquanto o Náutico teve apenas uma finalização efetiva, num bom chute de Odilávio. Pouco. Se Jorge Henrique se esforçava para conduzir o time, Danilo Pires abusava dos erros, travando o meio-campo.

O técnico timbu enxergou isso logo no intervalo, com Maylson no lugar de Danilo. O meia entrou bem, controlando a bola, acertando o passe, o passe vertical, diga-se. Entretanto, a melhora de fato veio na entrada de Wallace Pernambucano – cujo banco parece mais associado à questão física do que técnica. O “tanque” conseguiu arrastar os marcadores, com o visitante conseguindo algumas faltas no campo ofensivo. Com o time cearense mais espaçado, o Náutico começou a chegar, sobretudo pela direita, na dobradinha Hereda/Thiago. E o jovem atacante acabou sendo a figura decisiva. Aos 30, driblou, foi à linha de fundo e cruzou rasteiro, com Valdo marcando contra. Aos 44, num contragolpe letal, tocou na saída de Richard, colocando o timbu no G4 do Nordestão. Pelo futebol visto no Castelão, nada mais justo. Ah, a vitória veio na véspera do 118º aniversário. Parabéns!

Via Didi Galvão

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