Orquestra Filarmônica Som do Velho Chico comemora 04 anos de existência com belíssima retreta tocada em praça pública de Petrolândia



A Filarmônica Som do Velho Chico da cidade de Petrolândia-PE realizou, neste ultimo sábado, 25 de novembro, na praça dos três poderes no centro da cidade, uma belíssima retreta em comemoração aos quatro (04) anos de fundação da banda ainda, na ocasião foram entregues alguns instrumentos musicais para a inclusão de novos participantes a Banda. Fundada no ano de 2013, pelo maestro Deison Dario da Silva Bezerra, a Filarmônica tem atuado em diversos eventos no município e em cidades circunvizinhas, o repertório varia desde músicas populares brasileiras e dobrados a temas clássicos nacionais e internacionais. 

A Coordenação da banda agradece a Prefeitura Municipal de Petrolândia, na pessoa da Prefeita Janielma Souza e a todos que contribuíram para a realização do evento. Foi uma noite marcante, emocionante, onde tivemos a honra de celebrar mais um ano de muita música boa. 
Sobre a origem das bandas no Brasil e em Pernambuco, segue um peque texto; 

Estava à toa na vida
e o meu amor me chamou
pra ver a banda passar
cantando coisa de amor.
A minha gente sofrida
despediu-se da dor
pra ver a banda passar
cantando coisa de amor.

A banda, Chico Buarque de Holanda


Difundida na Europa, a banda de música parece ter suas origens na França.

No Brasil, embora haja a confirmação da existência de bandas militares na segunda metade do século XVIII em Pernambuco, elas vieram a ser mais populares a partir da chegada de D. João VI com sua corte ao Rio de Janeiro, em 1808. O rei trouxe consigo uma banda de música portuguesa e durante a estada da família real no Rio de Janeiro foram realizados vários concertos pelas bandas existentes na época.

As bandas civis, que herdaram a disciplina e a organização das bandas militares, foram criadas por todo o Brasil. Havia bandas de músicas, tanto nas cidades, quanto em vilas, povoados e até em sítios e fazendas. As cidades do interior organizavam suas bandas civis, que passavam a ser um veículo de entretenimento coletivo, participando de movimentos políticos, acontecimentos religiosos, cívicos e sociais.

No dias de apresentação, as bandas saíam da sua sede em formação militar, com os músicos de uniformes limpos, engomados, sapatos engraxados, quepes na cabeça, desfilando pelas ruas ao som de dobrados, em direção ao coreto da praça principal, onde executavam o melhor do seu repertório, que além de dobrados incluíam xotes, quadrilhas, valsas, choros, maxixes, frevo, aberturas de óperas.
Antigamente eram muito comuns as retretas, a apresentação de bandas de músicas em praças públicas. No Recife, as retretas da Praça do Derby eram famosas e contavam com a presença de muitas autoridades e personalidades, assim como as da Praça da República, em frente ao Palácio do Governo e as da Praça Maciel Pinheiro.

As bandas também desempenharam um papel fundamental na formação de novos músicos e na revelação de grandes talentos. Só para citar dois exemplos, o famoso compositor Carlos Gomes, autor de O Guarany, foi um músico de banda em Campinas, SP, sua terra natal e o maestro da Orquestra Sinfônica Brasileira, o internacionalmente conhecido Eleazar de Carvalho, tocava baixo-tuba na banda dos Fuzileiros Navais.

Pernambuco sempre teve muita tradição em bandas de música. Na visita de Pedro II ao Estado, em 1859, o Imperador foi recebido várias vezes em solenidades ao som de bandas, no Recife, em Goiana e em Escada.

Hoje, as bandas de música são uma tradição que está morrendo no Brasil. Em Pernambuco, existem cerca de 150, podendo-se citar como as mais antigas e ainda presentes no cenário musical do Estado a Sociedade Musical Curica, de Goiana (1848), a mais antiga do Brasil; a Saboeira, também de Goiana (1849); a22 de Novembro, de Paudalho (1852); a Santa Cecília, de São Bento do Una (1854); a Sociedade Musical Pedra Preta, de Itambé (1870); a Banda de Música da Polícia Militar de Pernambuco, do Recife (1873); a Euterpina Juvenil Nazarena, conhecida como Capa-Bode, de Nazaré da Mata (1884); a Nova Euterpe Caruaruense, de Caruaru (1896); a São Sebastião, de Belo Jardim (1887); a Isaías Lima, de Triunfo (1890); a 15 de Novembro, de Gravatá; a Filarmônica Dinon Pires de Carvalho, de Belém de São Francisco e a Comercial de Caruaru (1900).


Fonte: GASPAR, Lúcia. Bandas de música. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar. Acesso em: dia  mês ano. Ex: 6 ago. 2009.







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Fotos e Texto: ASCOM Filarmônica Som do Velho Chico

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