Confusão marca o protesto de estudantes contra a Proposta de Emenda à Constituição 55/2016, a PEC do Teto, que está sendo votada nesta terça-feira (29/11) no Senado. A organização estima a participação de 15 mil pessoas, já a Polícia Militar do Distrito Federal diz que cerca de 10 mil participam do ato. O grupo grita palavras de ordem como “Fora Temer” e “Diretas Já”. Apesar do tumulto, votação está mantida.
O grupo reuniu-se no Museu Nacional e caminhou até a frente do Congresso Nacional. Os manifestantes viraram dois carros que estavam estacionados em frente ao edifício. Um dos veículos é da Record TV e o outro pertence à família de um policial legislativo que trabalha na Câmara. Os carros tiveram vidros quebrados.
Após a PM dispersar o protesto de estudantes que ocupavam o gramado em frente ao Congresso, os manifestantes seguiram pela Esplanada dos Ministérios em direção ao Museu Nacional. Durante o percurso, a polícia seguiu “empurrando” os manifestantes em direção à Rodoviária de Brasília em uma tentativa de dispersar o grupo. Bombas de gás lacrimogênio foram disparadas e um carro que estava estacionado em frente à Catedral Metropolitana foi incendiado.
O Corpo de Bombeiros está no local para apagar o fogo do carro e das barricadas que tinham sido montadas pelos manifestantes. Durante o percurso, os estudantes derrubaram banheiros químicos que estavam no trajeto e tentaram bloquear a pista, que foram desmontadas pela polícia. O trânsito no local está interrompido. O coronel Julian Fontes, que está à frente da operação, disse que a ordem é que a PM proteja o patrimônio.
O carro de som que acompanhava o protesto pedia para a polícia que parasse de jogar bombas e que a manifestação pudesse permanecer em frente ao museu, de onde havia partido. Após a confusão, um grupo de deputados e senadores deixou o Congresso para acompanhar a manifestação. Entre os parlamentares estavam o deputado Pepe Vargas, que foi ministro dos Direitos Humanos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Via PE Notícias