Criminosos voltaram a fazer uma série de ataques a ônibus na noite desta quinta-feira (29) em vários bairros de São Luís (MA). Desta vez, foram presos 23 suspeitos. Esta é a segunda onda de ataques ordenada de dentro dos presídios em menos de uma semana na capital maranhense. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ao menos cinco ônibus foram queimados em São Luís e um em Imperatriz. Também foram incendiados uma escola e um caminhão de lixo. Os locais onde ocorreram os ataques não foram divulgados.
Na última terça-feira (27), dois ônibus foram incendiados em um intervalo de tempo de 20 minutos nos bairros Coroadinho e Tibiri, em São Luís. Oito suspeitos foram presos. Os ataques aos ônibus das empresas Menino Jesus de Praga e Autoviária Matos foram semelhantes e ocorreram entre às 20h20 e 20h40.
Os criminosos mandaram todos os passageiros desembarcarem, jogaram combustível nos ônibus e atearam fogo, de acordo com o Ciops (Centro de Operações Integradas de Segurança). Os veículos ficaram destruídos. Criminosos também tentaram incendiar um terceiro ônibus no bairro Fátima, por volta das 20h. Os policiais chegaram a tempo de impedir o ataque e os suspeitos fugiram.
COMBATE
O governador Flávio Dino (PC do B) fez uma reunião com o comando de segurança do Estado para determinar as estratégias para enfrentar os criminosos. "Durante anos deixaram o poder das facções criminosas crescer. Agora estamos enfrentando e não vamos ceder a chantagens para volta ao passado. Mobilização total contra esses ataques", afirmou o governador.
O governo informou que terá mais policiais nas ruas nesta sexta (30) devido a operação Eleições 2016. Dino também pediu ao governo federal o envio de tropas para reforçar o policiamento.
OUTROS ATAQUES
Uma série de ataques a ônibus na região metropolitana de São Luís levou o governo do Maranhão a pedir, em maio, o apoio da Força Nacional de Segurança Pública para ajudar a polícia no combate à violência. No total, 14 ônibus foram incendiados em ataques na capital e em outras três cidades vizinhas. Os ataques foram comandados por presos do Complexo de Pedrinhas, em São Luís.
Folha de S.Paulo