Aos 71 anos, morreu a artista Elke Maravilha no Rio, no início da madrugada desta terça-feira. Ela estava internada na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em Laranjeiras, na Zona Sul. Elke sofria de úlcera duodenal e, de acordo com a família, o seu quadro de saúde piorou e ela não resistiu, depois de ter ficar internada por cerca de 45 dias na unidade hospitalar.
A morte da artista, que ocorreu por volta de 1h da manhã, foi confirmada por sua sobrinha Natasha Grunupp.
— Tiveram várias complicações. Ela teve úlcera e no final começou a ter falência em alguns órgãos do corpo — disse sobrinha da artista, que acrescentou: — a família está muito mexida. A gente entende que é uma passagem. Ela sempre falava que iria brincar de outra coisa. Foi uma pessoa muito alegre e fica essa alegria dela para a gente.
Segundo o irmão da atriz, Frederico, Elke havia sido operada de uma úlcera e ficou em coma induzido, informou.
Nesta madrugada, uma mensagem endereçada a amigos e fãs foi postada na página oficial da artista no Facebook:
"Avisamos que a nossa Elke já não está por aqui conosco. Como ela mesma dizia, foi brincar de outra coisa... Que todos os deuses que ela tanto amava estejam com ela nessa viagem. Eros Anikate Mahan (O amor é invencível nas batalhas)... Crianças, conviver é o grande barato da vida, aproveitem e convivam", diz o comunicado.
Elke Georgievna Grunnupp veio para o Brasil com seis anos de idade — ela nasceu na Rússia —, depois que os pais passaram a ser perseguidos pelo regime de Josef Stalin. Amiga da estilista Zuzu Angel, perdeu a cidadania brasileira depois de protestar contra o assassinato de Stuart Angel pelo regime militar, e nunca pediu anistia por considerar que seria uma admissão de culpa. Com participações em filmes como "Xica da Silva" (1976) e "Pixote, a lei do mais fraco" (1981), Elke ficou muito famosa por seu trabalho na TV como jurada dos programas de auditório de Chacrinha e Silvio Santos.
Via PE Notícias/Do O Globo