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a reportagem do Blog do Cauê Rodrigues, em parceria com o professor Luiz de Venerrê foram até o local com exclusividade, onde a agricultora, que mora apenas com uma neta e o seu esposo Diocleciano Luiz dos Santos, de 70 anos, guarda em seu dormitório um saco com dezenas de fósseis. “Estávamos trabalhando há dias no lugar. Quando a máquina puxou a terra veio um monte de ossos grandes. Eu e meu neto começamos a catar. Eram muitas, mais de 50 peças e estavam todas juntas”, contou o agricultora.
A novidade causou euforia nas comunidades próximas como Sitio Riacho dos Barreiros, Areal, Povoado do Saco do Romão, Volta do Enjeitado, Cabeça Dantas e Espinheiro, que se dividiram entre curiosidade e ceticismo. “Trouxe para casa algumas peças para poder provar para o povo, que não acreditavam que tínhamos achado ossos de dinossauro, porque de baleia não é. Quem já viu baleia no Sertão?”, brincou dona Maria das Dores.
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Ela acredita ainda que encontrou um "Reino Encantado" e acabou se interessando pelo assunto e estudos de fósseis e lamenta que os ossos ficaram apenas em fragmentos devido a escavação da máquina. O local já recebeu a visita de curiosos inclusive do estado do Espirito Santo.
A agricultora pede ainda que Paleontólogos visitem o local para levar o fato ao conhecimento de comunidades cientificas.
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Estado tem 44 cidades notificadas
A região do Interior do Estado é conhecida pela quantidade de registros e da diversidade de fósseis encontrados. Das 18 ordens de mamíferos fósseis brasileiros, sete são verificadas em Pernambuco. Atualmente existem notificações em 44 municípios, sendo a maior parte delas no Agreste e Sertão. Pesqueira é, atualmente, a cidade do Interior do Estado com a maior diversidade de espécies de megassauros já encontrada. “É uma região rica para a história da Paleobiogeografia do País. Os primeiros registros datam de 1902 em Arcoverde, Pedra, Orobó e Brejo da Madre de Deus. Esse último, inclusive, é o município com maior número de ocorrências até o momento”, detalhou a doutoranda de Geociência pela UFPE, Fabiana Marinho por e-mail ao blog do Cauê Rodrigues. (As fotos são de Luiz de Venerrê)
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