São Paulo

Reserva do Cantareira acaba em 57 dias, diz secretário

Secretário Mauro Arce confirmou que a primeira cota do volume morto do Sistema Cantareira deve durar até o dia 21 de novembro

Volume morto do Sistema Cantareira chega ao fim em novembro, diz secretário
Volume morto do Sistema Cantareira chega ao fim em novembro, diz secretário (Luis Moura/Folhapress/VEJA)
O secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, disse nesta quinta-feira que a primeira cota do volume morto do Sistema Cantareira deve durar até o dia 21 de novembro, se o volume de chuvas na região dos reservatórios permanecer como está. O governo Geraldo Alckmin (PSDB) conta com uma segunda cota da reserva profunda das represas para manter o abastecimento na Grande São Paulo até março do ano que vem sem adotar racionamento."Nós agora temos um segundo volume que estamos preparando para usar. Vamos adiar o máximo", disse Arce, sobre os 106 bilhões de litros adicionais da reserva que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pretende utilizar. "Se continuar assim, vamos liberar no dia 21 de novembro", completou o secretário, que durante visita ao Parque Várzeas do Tietê, na zona leste de São Paulo, ao lado de Alckmin. O uso do segundo volume morto ainda não foi liberado pelos órgãos reguladores do manancial.
Nesta quinta, o nível do Cantareira chegou a 7,4% da capacidade, o mais baixo da história. Restam hoje nos cinco reservatórios que formam o manancial 72,2 bilhões de litros da primeira cota do volume morto, de 182,5 bilhões, que começou a ser bombeada no dia 31 de maio. Alckmin tem apostado na próxima temporada de chuvas, que vai de outubro a março, para aliviar a crise de abastecimento e recarregar as represas. Para ele, há chances de não precisar utilizar a segunda cota do volume morto. "Nós estamos preparados. Mas talvez nem precise da chamada da segunda reserva técnica", disse o tucano, que havia descartado retirar mais água da reserva há três meses.
Protesto – Militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) protestam contra a crise da água em frente à sede da Sabesp, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, na tarde desta quinta-feira. A manifestação se concentrou no Largo da Batata e interrompeu o trânsito na rua Sumidouro. Cerca de 5000 pessoas participam do ato, segundo a PM, e por enquanto não houve incidentes. Mais cedo, o movimento ameaçou invadir a Sabesp.
Conteudo:Veja

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