Alexandre de Moraes tomou esta decisão nas primeiras horas da madrugada desta segunda-feira (09), na sequência de um pedido do senador Randolfe Rodrigues e da Procuradoria-Geral, considerando que os manifestantes tinham a aprovação do governo de Brasília para levar a cabo os atos, de acordo com o G1.
“A violenta escalada de atos criminosos resultou na invasão dos edifícios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, com a depredação de bens públicos, como foi amplamente noticiado na imprensa nacional”, disse o magistrado.
“Estas circunstâncias só poderiam ter ocorrido com o consentimento, e mesmo com a participação efetiva das autoridades competentes em matéria de segurança pública e inteligência, uma vez que a organização das alegadas manifestações era um facto notório, o que foi noticiado pelos meios de comunicação social brasileiros”, acrescentou ele.
Eis a íntegra do documento.
Salientou também que as provas contra o governador são que os criminosos foram escoltados pelas forças de segurança até ao local do crime, que a polícia não mostrou resistência dada a gravidade da situação, e que algum do pessoal destacado não cumpriu as próprias regras do organismo.
Moraes referiu-se ao facto de alguns oficiais terem registrado a si próprios, no que parece ser um tom de brincadeira, testemunhando os atos criminosos. A isto, o juiz acrescenta que o secretário de segurança, Anderson Torres, não deveria ter sido exonerado do seu cargo numa altura em que o assalto ainda estava a ter lugar.
Horas antes, o magistrado assegurou que “o poder judicial não estaria ausente no Brasil”, pois “os desprezíveis ataques terroristas contra a democracia e as instituições seriam responsabilizados”.
Depois disto, Moraes apontou aqueles que alegadamente financiaram os atos, bem como os instigadores e membros do governo que participaram de alguma forma “na realização ilícita de atos antidemocráticos”.
Via PE Notícias