Carlos Bolsonaro resolveu, à sua maneira, defender o pai, Jair, de críticas que está recebendo de aliados. Aparentemente, refere-se às queixas de bolsonaristas de que ele não diz claramente o que deve ser feito por seus apoiadores e por não tomar alguma atitude radical para impedir a posse de Lula.
Em uma série de tuítes disparados há pouco, Carluxo fala dos “sacrifícios” do “homem que praticamente deu a vida, remando contra uma maré de podridão, com resiliência de modo a conseguir avanços nunca imaginados”.
Sem nunca citar Bolsonaro, mas obviamente se referindo a ele, reclama que “infelizmente não há compaixão”.
Assim escreveu o filho 03 do presidente:
“Como alguns podem esquecer tão rápido os sacrifícios de um homem que praticamente deu a vida, remando contra uma maré de podridão, com resiliência de modo a conseguir avanços nunca imaginados, e banalizá-lo como se todo um processo tremendamente complexo dependesse somente dele?”.
“Por que as pessoas ditas “do bem” não fazem o simples exercício de se colocar no lugar do próximo?”.
“Tento imaginar como deve se sentir esse homem, com seu esforço banalizado porque não tem o poder de estalar os dedos e resolver tudo, pois não é gênio da lâmpada, alvejado sem piedade por gente que se acha dona da verdade, mas não sabe 1/100 do que está acontecendo e nem quer”.
“Há todo um mundo de coisas que deveria ser levado em consideração. Há muita gente validando atos de covardia extrema diante de um cenário de pura narrativa, narrativa esta desprovida de fatos. Por que tanta ingenuidade, se é que é mesmo o caso?”.
“Uns são inocentes, outros são sujos e há os caçadores de likes. Infelizmente não há compaixão e muito menos maior reflexão diante do quadro. Prefiro não falar tudo que penso para evitar incompreensões. Sigamos em frente”.
“Sacrifícios”, “podridão”, compaixão”, “se colocar no lugar do próximo”…pelo visto, está dura a vida do bolsonarismo pós-derrota eleitoral.
Por Lauro Jardim/O Globo