A virada de ano será diferente para o educador e assessor parlamentar Alexandre Kombi Lopes, de 51 anos, que vai comemorar a chegada de 2023 na estrada, a bordo de um ônibus, junto com outras 134 pessoas. O grupo parte de Tatuapé (SP), em 31 de dezembro, rumo à posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília, no dia 1º de janeiro.
Eles estão entre as 800 caravanas com cerca de 100 mil pessoas que chegarão à capital federal, a partir desta sexta-feira (30), para acompanhar a solenidade que marca o início do terceiro mandato do petista no Brasil.
É a primeira vez que Lopes verá a cerimônia de perto. Segundo ele, o combustível que vai alimentar a viagem de 16 horas é a “esperança de restabelecer a democracia”. “Acreditamos que pelo menos restabelecer a vida normal, a política normal, com o presidente Lula, é importante”.
Para o educador, a expectativa é que haja uma grande festa popular. “Passaremos o Réveillon na estrada, será inesquecível”, diz.
Para acolher os visitantes na capital, a organização da posse disponibilizará cinco pontos de recepção nas principais rodovias de acesso ao Distrito Federal. Além disso, haverá dois pavilhões e cerca de 20 escolas públicas para os apoiadores do presidente eleito que vêm de outros estados.
Os alojamentos estão distribuídos entre o Pavilhão do Parque da Cidade, o Pavilhão da Granja do Torto e o Estádio Mané Garrincha. Os locais contam com barracas para alimentação, água potável, banheiros e área para colchões.
Ao todo, a equipe da posse estima receber um público de cerca de 300 mil pessoas no evento, que abrange a cerimônia oficial e um festival de música.
“Momento histórico”
A jovem Larissa Martins, 23, começou a planejar a ida à capital no dia seguinte à eleição de Lula. Ela saiu na madrugada dessa quinta-feira (29), de Belém do Pará, e vai passar 35h na estrada. A caravana organizada pela paraense tem 60 pessoas, todas na expectativa de ver de perto o petista receber a faixa presidencial.
“Nos últimos anos, a gente viveu um período muito difícil de acirramento das desigualdades sociais, os traumas da pandemia, a fome, que estava se alastrando pelo Brasil. Aqui no Pará, especialmente, a gente tem uma cultura ribeirinha, e, mais do que nunca, nossas comunidades foram muito afetadas pelo governo [de Jair] Bolsonaro (PL)”, pontua.
“Tudo isso fez com que a gente tivesse muita vontade de ir para a posse, justamente por entender que esse é um momento histórico para o Brasil”.
Para ela, que é militante do PT e vai participar da cerimônia pela primeira vez, o evento é uma oportunidade de encontrar colegas de outros estados. “Vai ser um momento de muita alegria”, comemora.
O sentimento é o mesmo para o pernambucano Guylherme Oliveira, 23, de Paulista (PE). Ele já está a caminho da capital com um grupo de 60 pessoas. O jovem afirma que, até o momento, a viagem tem sido tranquila e encontra, pelo caminho, outros apoiadores do presidente eleito.
“Viver este momento será único e imperdível. É a esperança que retorna no coração do povo Brasileiro”.
Via PE Notícias