A deputada Teresa Leitão pode quebrar mais um tabu na sua carreira política: no próximo dia 2 de outubro, tem grandes chances de ser eleita a primeira mulher senadora pelo estado. As últimas pesquisas apontam que a petista está na liderança da disputa pela única vaga ao Senado por Pernambuco, em um movimento crescente.
“Nossa presença (as mulheres) na ocupação do campo político é um movimento sem retorno”, opina a candidata.
Por 20 anos Teresa foi deputada estadual (a primeira mulher a ser eleita cinco vezes consecutivas) e defendeu, na Assembleia, diversas pautas de interesse feminino. Na semana passada, por exemplo, mais um projeto de sua autoria virou lei: o de proteção às mulheres marisqueiras de Pernambuco. Também é de Teresa Leitão a lei contra violência obstétrica, que protege as mulheres na gravidez, na hora do parto e no pós-parto.
“Tenho dito que serei a primeira mulher senadora de Pernambuco, e isso é uma responsabilidade muito grande”, assume.
“É possível que isso tenha impacto na vida de outras mulheres que queiram ser vereadoras, deputadas, senadoras. Como é possível chegar de maneira autônoma, de maneira colegiada, e que possa representar o pensamento de outras mulheres”, disse Teresa Leitão em sabatina na TV e Rádio Universitária.
Compromissos
Teresa listou uma série de temas relacionados às mulheres que serão tratados por ela no Senado. Destacou emprego e renda como um dos mais urgentes. “Dentre as famílias brasileiras endividadas, que hoje somam 76%, a grande maioria é chefiada por mulheres. São as mulheres que mais fazem dívidas para pagar os compromissos cotidianos e domésticos”.
E mais: “a pauta de igualdade de gênero significa igualdade de salários, significa o combate ao assédio moral, ao assédio sexual. É relacionada a toda uma rede de proteção social para as mulheres e para as crianças, incluindo a rede SUS, incluindo as creches. Temos dados muito preocupantes sobre corte no orçamento da educação para a primeira infância”.
A candidata da Frente Popular ao Senado pretende tratar, ainda, de outras questões femininas que, na sua avaliação, precisam ser reforçadas: “tem a geração de emprego e renda para mulheres, a violência obstétrica, a pauta de direitos sexuais e reprodutivos, de proteção à maternidade, ao puerpério etc. Cito também outra questão importante, que é a violência política praticada contra nós, mulheres”.
Por Blog da Folha