Passagem de Lula por Pernambuco vira show de horrores. Amadorismo sem limites

Quando se imaginava que o ato fechado com o ex-presidente Lula (PT) no Recife seria algo tranquilo, a realidade mostrou-se de fato. Sem o governador Paulo Câmara e o prefeito João Campos, ambos vaiados no dia anterior em Garanhuns, o evento no Classic Hall explicitou o amadorismo e a falta de comando das campanhas de PT e PSB no Estado. Liderando com folga as pesquisas à Presidência, Lula nem precisa passar mais aqui. E a julgar pelo constrangimento, não passará mesmo.

O estopim para o mal estar completo foi a fala do presidente estadual do PT, deputado Doriel Barros. “Estamos reunindo todos que fazem a luta do povo, a luta do campo, a luta da cidade, para que a gente possa dar uma grande vitória a Lula, a Danilo e a Marília”, declarou Doriel, trocando o nome da pré-candidata ao Senado, Teresa Leitão, pelo da adversária Marília Arraes.

A própria Teresa já havia citado Marília no palanque em Garanhuns, no dia seguinte. Novo ato falho, portanto, só comparado ao atabalhoado almoço na casa de Danilo Cabral. A comitiva socialista foi recebida com ovadas por parte de alguns vizinhos, irritados com os transtornos causados pela Polícia Federal, que desde cedo estava na rua tentando organizar e impedindo a circulação.

Quase oito anos após sua morte, Eduardo Campos ainda traz saudades à cúpula do PSB. Ele tinha as rédeas de todos os processos. Mesmo as vitórias que o partido teve depois não apagaram a lembrança, e muitos erros já tinham ocorrido. Desta proporção, e com Danilo em quinto nas pesquisas, o processo tende a ficar ainda mais complicado.

O PT, por sua vez, nitidamente está sem comando. As principais lideranças, como o senador Humberto Costa, perderam o controle da militância. Muitos tiveram que engolir e ainda não digeriram a nova aliança casual com o PSB, dois anos após o socialista João Campos dizer que o PT não tinha autoridade para falar em corrupção, pois tinha várias lideranças presas. A hora mais parece ser de vingança, e os atos falhos de Doriel e Teresa carregam mais simbolismo do que aparentemente uma fala no calor da emoção. Há muito por vir, talvez só Lula que não venha mais aqui.

Por Ricardo Antunes/Via PE Notícias

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