Miguel Coelho diz que PSB de Pernambuco está esfacelado e chama apoio a Lula de oportunismo

O pré-candidato ao governo de Pernambuco, Miguel Coelho (União Brasil), disse que que PSB está esfacelado e órfão de líderes desde a morte do ex-governador Eduardo Campos, vitimado por um acidente aéreo em 2014.

Em sabatina à Folha de S.Paulo e ao UOL, o ex-prefeito de Petrolina defendeu a eleição de um nome da oposição ao governo do estado, interrompendo um ciclo de 16 anos do PSB no comando do estado.

Miguel Coelho foi filiado ao PSB entre 2012 e 2019, partido pelo qual foi eleito prefeito de Petrolina (715 km do Recife) em 2016. Reeleito em 2020 pelo MDB, ele migrou para a União Brasil e renunciou ao cargo em abril deste ano para concorrer ao governo de Pernambuco. Até o momento, tem o PSC e Podemos no seu arco de alianças.

Sobre a política nacional, Coelho classificou como oportunista o apoio do PSB de Pernambuco ao ex-presidente Lula (PT), disse que sua parceria com o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi administrativa e defendeu a candidatura de Luciano Bivar (União Brasil) ao Planalto.

“Não acredito na política do oportunismo. Hoje quem defende Lula é o mesmo que há dois anos atrás chamou o PT e Lula de quadrilha”, disse Coelho, em uma referência ao discurso antipetista adotado pelo então candidato e hoje prefeito do Recife, João Campos (PSB).

O ex-prefeito de Petrolina também explicou a sua declaração na qual disse que Lula é um patrimônio do Brasil”. Ele evitou sinalizar apoio ao petista e disse que afirmação foi uma deferência a um ex-presidente.

“A minha fala sobre o ex-presidente Lula é muito clara: assim como Bolsonaro (PL), Michel Temer (MDB) e até Dilma (PT) nos deixaram ensinamentos”, disse.

Ele defendeu a candidatura de Bivar e disse que fará campanha para o candidato de seu partido: “Vamos defender o seu nome neste primeiro turno, até para oferecer um caminho alternativo ao país e não ficar nesse pingue-pongue, nessa polarização que se retroalimenta”.

Filho do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), Miguel buscou se desvencilhar da atuação política do pai, que foi líder do governo Jair Bolsonaro (PL) no Senado e um dos principais defensores do presidente na CPI da Covid no Senado.

“Cada um tem seu próprio CPF, sua própria história e biografia. O senador Fernando tem a dele e eu tenho a minha”, afirmou o pré-candidato.

Por outro lado, defendeu o pai em relação ao uso de emendas do relatou da Codevasf, órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, cujas obras em Petrolina têm suspeitas de irregularidades.

A série de sabatinas com pré-candidatos ao Governo de Pernambuco é promovida pela Folha de S.Paulo pelo UOL e começou nesta segunda-feira (6) com Marília Arraes (Solidariedade).

Ainda esta tarde, às 16h, o convidado é o deputado federal Danilo Cabral. Na quinta-feira (09), a entrevistada será a ex-prefeita de Caruaru Raquel Lyra (PSDB), às 10h, e o escritor Jones Manoel (PCB).

Também estão confirmados para entrevista o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira (PL), na sexta-feira (10), às 10h, e o advogado João Arnaldo (PSOL), no mesmo dia, às 16h.

A sabatina foi conduzida por Fabíola Cidral e pelos jornalistas Carlos Madeiro, do UOL, e José Matheus Santos, da Folha de S.Paulo.

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