Mandato coletivo Juntas pede cassação de Alberto Feitosa por suposta ameaça com arma de fogo

 
Foto: Roberto Soares/Alepe

Após suposta ameaça do deputado estadual Alberto Feitosa (PL), em reunião plenária realizada nesta terça-feira (31), o mandato coletivo Juntas (PSOL) entrou com pedido de cassação contra o parlamentar na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Na ocasião, os deputados fizeram suas considerações sobre as tragédias ocorridas nos últimos dias na Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata, após as fortes chuvas que ocorreram no estado. Ao tomar a palavra, a codeputada Jô Cavalcanti questionou o governo do estado por medidas que não foram tomadas para mitigar as consequências das precipitações e estendeu a crítica ao governo Bolsonaro por ter cortado verbas destinadas a programas habitacionais. 

Sucedendo a codeputada, Feitosa começou seu discurso acusando o mandato do PSOL de alinhamento com o governo do estado e com a atual gestão da Prefeitura do Recife, também do PSB. Após criticar as duas administrações, o parlamentar bolsonarista passou a defender o governo federal. Em certo momento, se referindo a Jô, o parlamentar disse que "a arma da senhora está descalibrada, a senhora quer atirar no governo federal".

A fala, então, retornou à parlamentar citada na intervenção. "Sobre o presidente que o senhor tanto admira e o senhor diz que minha arma está descalibrada, mas eu acho que a arma que o senhor coloca no seu gabinete para mostrar para os outros é que deve estar, porque em momento nenhum a gente está falando aqui que o governo está certo ou errado, a gente está, sim, cobrando, como parlamentar que tem que cobrar, que tem que fiscalizar, e, sim, eu falo mais uma vez que o presidente que o senhor tanto exalta cortou as políticas habitacionais em 98%", disparou a codeputada.

Coronel da Polícia Militar e contumaz defensor do porte de armas, Feitosa reagiu: “A arma não está aqui para estar guardada, não, viu? A arma está aqui, na minha cintura, para ser usada [contra] quem tentar violar a minha integridade física, a integridade da minha família ou tentar invadir a minha residência. A senhora entendeu?”

A fala foi entendida pela codeputada e pelo PSOL como uma ameaça, o que embasou a denúncia por suposta quebra de decoro no Conselho de Ética da Casa. Além disso, o mandato pretende registrar boletim de ocorrência contra o deputado e denunciá-lo ao Ministério Público.

Um dia após o ocorrido, na sessão desta quarta-feira (1), os parlamentares João Paulo (PT), José Queiroz (PDT) e Teresa Leitão (PT) se solidarizaram com a codeputada. Tony Gel (PSB) também criticou a postura de Feitosa.

Via Diario de Pernambuco

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