Anderson Ferreira defende política habitacional e contenção de encostas em Pernambuco

Anderson Ferreira durante entrevista à Rádio no Jornal - FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

Pré-candidato a governador de Pernambuco, Anderson Ferreira (PL) concedeu entrevista à Rádio Jornal, nesta terça-feira (14), e defendeu sua gestão enquanto foi prefeito de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife.

Jaboatão foi uma das cidades mais atingidas pelas chuvas neste mês de junho e o local onde mais morreram pessoas em decorrência de deslizamentos de barreira. Foram 64 óbitos no município, dos 129 registrados no Estado.

De acordo com Anderson, foi realizado investimento, mas a chuva foi aquém do normal. Por isso, de acordo com ele, não é o momento de se buscar culpados pela tragédia.

"A gente não pode querer achar, num momento de tragédia, culpados. São planos que precisam ser elaborados em décadas, em várias gestões. Chover 500 milímetros, em menos de três dias, só houve isso em 1975, então foi uma fatalidade. Lógico, cada qual deve fazer seu papel, em Jaboatão fizemos investimento forte nas áreas de encosta, mais de R$ 25 milhões, tivemos projeto habitacional histórico, foram mais de 2.224 unidades de habitação e  mais de 6 mil famílias contempladas com moradia", disse. Ele ainda ressaltou investimento de R$ 10 milhões em limpeza de canais.

De acordo com Anderson, em Jardim Monte Verde, localidade com maior número de mortes, havia investimento.

"Jardim Monte Verde tinha investimento de R$ 4,8 milhões, estava praticamente em 70%, 80%, de execução de obra do muro de arrimo da encosta, mas a chuva foi tão forte que não tinha muro que segurasse. As imagens mostram que o próprio muro veio abaixo, não sustenta e tinha no local obra de infraestrutura de contenção. Então, o que ocorreu foi uma tragédia".

Ainda assim, ele diz que não pode ser tratado como normal o que ocorreu. "Temos que fazer políticas públicas habitacionais, trabalho de encosta", disse.

A Rádio Jornal iniciou, na quarta-feira (8), uma série de entrevistas com pré-candidatos ao Governo de Pernambuco para tratar de políticas públicas e propostas para a habitação popular, obras de prevenção nas áreas de risco, planejamento e ordenamento urbano nas áreas de morro.

Anderson Ferreira foi o quinto pré-candidato a participar da série. Já foram ouvidos João Arnaldo (PSOL), Miguel Coelho (União Brasil), Raquel Lyra (PSDB) e Marília Arraes (Solidariedade).

O pré-candidato disse, ainda que não se pode fazer política em cima da tragédia e que foi a locais afetados pelas chuvas e que não fez publicações. "Fui a Brasília buscar recursos, vai chegar R$ 34 milhões para encostas. Trouxe o presidente Jair Bolsonaro. Vistoriei obras. Pegar um tema como esse e fazer palanque político, tentam fazer firula, apequenar o debate. Isso é a velha política de Pernambuco, é a política de agredir um ao outro, a política do descaso. Tanto que não quis culpar o governo de Pernambuco. Você viu a palhaçada, o sensacionalismo que candidatos fizeram e a população repudia."

Barragens

Por fim, o pré-candidato alfinetou a gestão do Governo do Estado pela promessa de barragens que não foram entregues.

"O desafio que nós temos pela frente do Governo de Pernambuco é imenso. O governo se encontra com oito anos de atraso, são oito anos que o governo não entrega algo concreto à população. Percebemos por onde andamos. Houve tragédia em Barreiros e São José, anos atrás, Eduardo Campos estava passando para Paulo Câmara, e foi prometido na época cinco barragens de contenção. Das cinco, eles não entregaram nenhuma. A entregue não está na força total, foi meia-boca, como se diz no linguajar popular. Você leva oito anos para entregar uma, fez promessa de cinco. São coisas que precisam ser revistas, isso é prioridade, é assumir o governo e fazer as barragens de contenção", concluiu Anderson.

Do JC

Postar um comentário

Comente Abaixo!

Postagem Anterior Próxima Postagem

Em Cima dos Posts