A Rússia é um dos principais fornecedores de fertilizantes no mundo e os preços do insumo devem subir por conta das dificuldades logísticas causadas pelo conflito e das sanções aplicadas por Estados Unidos e aliados.
“Isso tudo [essa alta dos alimentos] depende. Se a guerra acabar hoje ou amanhã, é um impacto [aumento de preço menor]. Se continuar por mais tempo, é outro”, disse a ministra.
Segundo ela, a estratégia do governo para evitar reajustes elevados será a diversificação de fornecedores de adubos e fertilizantes.
“Tudo vai depender do tempo [de duração da guerra]. A gente tem que diminuir esses impactos, achar alternativas para ter o fornecimento. O preço [quem faz] é o mercado. O trigo subiu nas alturas porque a a Ucrânia é um grande produtor. Hoje o mundo é globalizado. O preço [dos alimentos] a gente acha que terá uma alta. A soja subiu, caiu um pouco depois. O milho subiu e caiu depois. Isso é uma commodity. Temos de acompanhar e diminuir os impactos”, complementou.
A ministra esteve recentemente no Irã para tratar da venda de ureia. Também viaja para o Canadá em dez dias para negociar contratos de exportação de fertilizantes com base no potássio, principal deficiência do Brasil para garantir a safra que começa em outubro.
Para a safrinha, como é conhecido o plantio do milho no meio do ano, a ministra afirmou que os produtores possuem fertilizantes em estoque.
Ainda segundo a chefe da pasta, os importadores têm nos armazéns os chamados estoques de passagem (as sobras da última safra e os insumos que ainda precisam ser desembarcados). Especialistas estimam que esse estoque seja da ordem de 7 milhões de toneladas.