Petrolândia: Em entrevista exclusiva, vice-prefeito Rogério Novaes fala que não tem autonomia para resolver nada sozinho, citando a questão da existência de dois prefeitos no município, um na zona urbana e ele na zona rural

Rogério Novaes -  Vice Prefeito de Petrolândia concede entrevista ao repórter/blogueiro Alex Santos/Foto: Ana Paula

O Vice Prefeito de Petrolândia, Rogério Novaes (PSD) concedeu no último dia 4, uma entrevista exclusiva para o Blog PN Petrolândia Notícias. A entrevista foi realizada pelo Repórter/Blogueiro Alex Santos, sendo a mesma transmitida AO VIVO pelo canal do YouTube PN Petrolândia Notícias.

Logo no início da entrevista Rogério falou sobre o início de sua trajetória política:

"Agente vem da zona rural, o conhecimento da gente vem mais da zona rural. Formos vereador por um mandato de 2013 a 2016, onde a gente correspondeu nas necessidades do nosso povo, principalmente na zona rural, onde não existia mais representação nem no legislativo na Câmara de Vereadores nem no executivo, onde hoje é a primeira vez que temos uma representação da zona rural no executivo. Então assim, sou agricultor, sou filho de agricultor de dois semi-analfabetos mais com muito orgulho, bato no peito e sempre digo que fui muito bem criado por minha mãe, perdi meu pai muito cedo tinha cinco anos. E costumo dizer é uma história de luta de vida, passei muita fome, miséria, mas conseguimos sobreviver com muita dificuldade. Minha formatura, muitos dizem... O cara vem lá do mato, foi vereador e é vice-prefeito - minha formatura é um segundo grau no São Francisco, não tive uma faculdade mas minha faculdade foi o mundo, foi conhecer realmente a necessidade do nosso povo, e tentar sempre suprir, tentar fazer sempre o melhor da gente, com as lições da minha mãe do meu pai, da minha família, onde ela sempre dizia que jamais um filho dela tem que se acovardar a qualquer coisa que tivesse no meio. Outra coisa que a gente diz é assim: Meu Deus nunca me dê algo que não possa ajudar a quem mais necessita do quê eu. Então isso agente traz na nossa vida, na nossa trajetória. Entramos na política pela necessidade, continuo dizendo que somos uma cidade totalmente agrícola".

Sobre sua mãe apoia-lo na política; Rogério respondeu:

"Olha Alex, na verdade é como lhe falei quando entrei na política era até um pouco de mágoa por agente ser tão esquecido. Eu moro no Icó Mandantes como todo mundo sabe, nós temos lá oito mil e quinhentas pessoas em média. Nós temos mais de quatro mil eleitores, 25% da população quase isso a dentro, e nunca formos olhados. E isso me revoltou e eu achava que se agente se inserisse dentro da política agente poderia trazer coisas melhores. A minha mãe na época que fui candidato a vereador. Você sabe que fui candidato pela primeira vez eu perdi uma eleição, em 2008 perdi a eleição. Foi nessa hora que entrei com mais mágoa mais revolta por nós não termos uma representatividade. E nessa época, a minha mãe ainda era viva. Eu ao lado de Domingos, e ela sempre acompanhou os Simões. Dr. Simões pra ela era um ídolo, uma pessoa de muito caráter, e ela também com muito caráter sempre dizia, enquanto existisse um Simões ela iria votar num Simões. Eu tô dizendo aqui para lembrar, Domingos candidato a prefeito, eu candidato a vereador, e o oposto da gente era o filho de Dr. Simões, o Lourival. E fizemos um almoço em casa, ela recebeu todos com a maior educação apesar dela não ser formada, de não ter estudo, mas graças a Deus o que ela tinha era educação, e foi isso que nos trouxe até onde agente tá hoje. Foi a educação que me deu de berço. Na epóca levei Domingos, fiz um almoço em casa, e ele fez uma pergunta pra ela assim: Dona Maria só falta um voto para que agente possa ganhar a eleição para prefeito? E ela respondeu... Eu voto em meu filho para vereador, o senhor já perdeu, se faltar só um voto. Então ela tinha palavra, e foi isso que ela me ensinou. Acho que você já viu eu dizer que o homem pra ser homem ela não precisa ter o DR, um administrador para a adminstrar uma cidade ele não precisa ter um DR no nome. Ele primeiro de tudo tem que ter palavra. Então assim quando você me pergunta se ela me inspirou... A minha insiração de vida até hoje, de ser Rogerinho ou o ceguinho, ou da forma que me chamam carinhosamente foi a minha mãe. Eu perdi meu pai muito cedo eu tinha cinco anos de idade... [se emocionou]. Peço desculpas quando fala de mãe e pai é difícil pra mim, é muito complicado quando você perde com cinco anos de idade, passando pelo que agente passou Alex passa aqueles filmes na cabeça. De meu pai a lembrança é muito pouca, mas de minha mãe é como lhe falei. Eu não honro meu nome, eu honro o nome da minha mãe, é incrível meu nome é José Rogério Gomes de Sá, mas ninguém me conhece assim, conhece por como Rogério Novaes, porque minha mãe era Maria de Sá Novaes, meu pai José de Sá Novaes, eramos naturais de Floresta, meus bisavós que eram daqui da Várzea Redonda."    

Sobre os principais desafios da gestão e as principais prioridades da gestão municipal para o 2° ano, Rogério falou:

"Olha Alex eu posso dizer que nesse primeiro ano as dificuldades da gestão foram rompidas. No primeiro ano agente teve uma gestão muita complicada. Nós somos do primeiro mandato, o próprio Fabiano tem uma experiência larga como vereador, na gestão pública também é seu primeiro mandato como prefeito. Mas vem fazendo um bom trabalho é reconhecido por todos até por nossos opositores. Fez um trabalho que agente nem esperava que acontecesse pela dificuldade do ano passado teve que pagar quatorze folhas foi o que aconteceu. As dificuldades da gestão acredito eu que já passaram. Agora é colocar os pés no chão. Não tem mas secretário marinheiros de primeira viagem, hoje nós temos secretários com um ano de experiência". 

Sobre as necessidades da zona rural de Petrolândia, Rogério falou:

"A zona rural da gente não é tão grande, a zona rural da gente é necessitada. Porque sempre foi esquecida. Então hoje o que tem pra ser feito na zona rural se torna grande".

Sobre se havia preconceitos das antigas gestões com a zona rural, Rogério respondeu:

Eu disse isso no meu discurso de vereador de posse. Eu me lembro que eu cresci ali politicamente. Fui estrondosamente vaiado dentro da Câmara. Por empresários, por pessoas ligadas a antiga gestão. Foi quando abri a boca e disse que estava pronto para a briga, não deixaram nem eu terminar que era uma briga democrática. Quando disse briga acharam que eu estava querendo briga com o gestor, eu disse que era um briga democrática. Eu fiz meu papel acho que você me acompanhou e você sabe que o que agente pode fazer, o que tava no alcance de um vereador, agente fez.

Sobre dois prefeitos na cidade, um na zona urbana e outra na zona rural, Rogério falou: 

A gente dizia sempre que seria dois prefeitos, a vontade da gente também seria essa. Mas pela legislação não compete duas assinaturas. Como sempre eu sou muito verdadeiro, se não fosse verdadeiro eu não seria Rogerinho, eu até pensava que seria dessa forma. Mas devido as necessidades que a gente pegou o município, deixamos as coisas fluírem naturalmente. Eu ainda confio que esse ano as coisas melhore, confio que a gente possa fazer o trabalho diferenciado. Que a gente possa ter uma sub-prefeitura que ele sempre falava, mas que agente possa ter um posto de trabalho dentro daquela área. Que a gente possa ter um controle maior naquela área rural. Até nós dois primeiros meses agente partiu para a zona rural achando que agente iria ser o segundo prefeito. Mas essa pergunta sua eu não posso dizer aos telespectadores, as pessoas que me escutam, aos meus amigos, aos meus familiares realmente não existe a liberdade total, o que existe é o prefeito me chamar combinar, quando eu falo algo, e ele diz não posso eu tenho que aceitar, quando ele diz vamos fazer ai agente vai lá e faz juntos. Mas dizer assim eu tenho autonomia de fazer algo, e depois chegar o prefeito eu não tenho".

Durante a entrevista Rogério Novaes, ainda falou sobre sua perspectivas políticas para o futuro, alianças, mutirão no cemitério do Distrito Icó Mandantes, família dentre outros. 

Acompanhe na íntegra:


Por Redação | Transmissão de vídeo: Ana Paula/Apoio: Adrian Ramon | Fotos: Ana Paula

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