GLOBO estreia, nesta segunda-feira (28), o remake da novela "Pantanal"


Alanis Guilles vive Juma no remake de 'Pantanal' - Foto: TV Globo/Divulgação

“Pantanal”, cuja versão original foi exibida pela extinta TV Manchete em 1990, é um capítulo à parte na história da teledramaturgia brasileira. Rejeitada pela Globo, a novela de Benedito Ruy Barbosa acabou sendo produzida pela rival, se tornando um grande sucesso na época. O curioso é que, mais de 30 anos após ameaçar a hegemonia da emissora da família Marinho, a trama estreia em seu horário nobre, a partir desta segunda-feira (28), em uma nova versão.

História revisada

O remake é assinado por Bruno Luperi, neto de Benedito, e dirigido por Rogério Gomes. Novos atores dão vida a personagens que entraram para o imaginário popular e parte do elenco original foi reaproveitado em outros papéis. As imagens da região do Pantanal ganharam o reforço da tecnologia atual e, desde as primeiras chamadas da produção, vêm chamando a atenção do público.

As mudanças não ficaram só no elenco e no visual. Para se conectar com a realidade de hoje, a história original também precisou passar por atualizações, embora mantenha a essência do seu enredo. Na primeira versão, Marcos Palmeira deu vida ao personagem Tadeu, agora defendido por José Loreto. Para o ator veterano ficou com a responsabilidade de interpretar José Leôncio, vivido por Claudio Marzo na Manchete.


“São novas camadas que estamos dando a esse Pantanal. Para mim, é como estar fazendo a releitura de um clássico. Dedico este trabalho ao Claudio Marzo, mas meu Zé Leôncio não tem nenhuma relação com o dele, assim como o meu Tadeu não é o mesmo do Loreto. Claro que trago alguma coisa daquela época, mas está todo mundo com o pé no amadorismo, no sentido do frescor”, comenta Marcos Palmeira.

A força de Juma Marruá

Desde que a produção do remake foi anunciada, a escalação que mais gerou expectativas e apostas foi a de quem viveria Juma Marruá. Desbancando nomes mais famosos, Alanis Guillen conseguiu o papel que revelou Cristiana Oliveira nos anos 1990. A jovem atriz, que protagonizou a última temporada inédita de “Malhação”, diz não ignorar as comparações.
 
“É claro que as pessoas vão sempre comparar. Então, tentar fugir disso para me levar aonde a Juma queria foi um desafio. Fui investigando esse universo pantaneiro, as onças e, aos poucos, trazendo a personagem para o meu corpo, a minha voz e os meus gestos. Entender o Pantanal foi fundamental para saber um pouco mais sobre ela”, conta.

Enredo em duas partes

A trama da novela é dividida em duas fases. A primeira apresenta José Leôncio ainda jovem (Renato Góes) e seu pai, Joventino (Irandhir Santos), considerado o maior peão da região. Após o seu desaparecimento, o filho passa a comandar sozinho a fazenda e, durante uma viagem ao Rio de Janeiro, conhece Madeleine (Bruna Linzmeyer/Karine Teles), com quem se casa.

O casal tem um filho, mas o relacionamento dura pouco tempo e ela retorna à capital carioca. Criado apenas pela mãe, Jove (Jesuíta Barbosa) só descobre a existência do pai depois de adulto. Ele vai ao Pantanal para encontrar o peão, mas as diferenças culturais tornam a convivência difícil. Ao mesmo tempo, ele encontra em Juma, uma jovem tida como selvagem por muitos, uma paixão irresistível e improvável.

Outros personagens que marcaram época ganham novas interpretações. Juliana Paes precisou passar por um processo de caracterização e “envelhecer” para poder dar vida à mãe de Juma, Maria Marruá, que foi originalmente interpretada por Cássia Kis. Já Osmar Prado é o Velho do Rio (outro papel de Claudio Marzo na primeira versão), um ser encantado que pode aparecer em forma de gente ou de sucuri.

Por FolhaPE 

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