Presidente Bolsonaro em entrevista. Foto: Isac Nóbrega/PR
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em entrevista nessa segunda-feira (30),ao programa Alerta Nacional, apresentado por Sikêra Junior, justificou o motivo de não estar respeitando as recomendações de isolamento e voltou a defender que as medidas do governo para conter o novo coronavírus venham também de amparo econômico aos trabalhadores. “Eu sou líder de uma nação, tenho que estar ao lado do povo brasileiro”, justificou.
“Não podemos impor uma quarentena maior do que a que já está aí porque os [trabalhadores] informais vão sofrer mais. Logicamente a vida é mais importante que a economia, mas se o desemprego vier, vamos ter um problema seríssimo de miséria, fome e depressão”, apontou.
Jair Bolsonaro também afirmou que a maioria da população será infectada. “Ninguém está dizendo que não vai pegar o vírus. Quase todo mundo vai. Mas o governo quer que nem todos peguem ao mesmo tempo. Tem gente que vai precisar de médico e o hospital estará lotado”, defendeu.
Apesar do alerta, o presidente tornou a pedir que a população não entre em pânico. “O pânico é uma doença. Se o povo entrar em histeria os malefícios serão piores do que o vírus. Eu tenho 65 anos, se fosse algo terrivelmente mortal, eu não estaria na rua. Eu sou líder de uma nação, tenho que estar ao lado do povo brasileiro. Pelo menos 60% da população vai contrair. Você tem que evitar [pegar], mas não pode viver em clima de pânico”, disse, citando o H1N1.
Via Portal de Prefeitura