Restos mortais da menina Beatriz foram sepultados em cemitério de Petrolina — Foto: Reprodução/ TV Grande Rio
Após três anos do assassinato de Beatriz Angélica, na tarde deste sábado (06), os restos mortais da menina foram exumados, e, em seguida, foi realizado um novo sepultamento em um cemitério de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. O corpo estava enterrados em um cemitério familiar, na cidade vizinha, Juazeiro, na Bahia.
Segundo o pai de Beatriz, Sandro Romilton, a transferência ocorreu para que a família e os amigos ficassem mais próximos à Beatriz. "Beatriz ficava em um cemitério da família, mas eu e Lúcia nunca tivemos condições de ir até lá, a cova de Beatriz não tinha identificação, era uma cova rasa. Nós nunca fomos levar nenhuma vela. Quando disseram que traria Beatriz para um local que pudesse lembrar das suas memórias, a gente achou justo. Todas as pessoas tem a oportunidade de vir e fazer as suas preces. E Beatriz foi morta em Petrolina, não podemos esquecer isso".
Sepultamento de Beatriz em cemitério de Petrolina — Foto: Reprodução/ TV Grande Rio
Participaram sepultamento, familiares, amigos e membros do grupo ‘Somos Todos Beatriz”. O pai Sandro Romilton falou ao público em uma breve cerimônia e disse que a família deve continuar a luta para a solução do crime. "Petrolina tem se tornado uma cidade muito violenta e nos vamos lutar, não só pelo caso de Beatriz, mas por todos as outras mazelas que estão acontecendo na nossa cidade. Nossa família, nosso grupo vai estar à disposição. Nós estamos de pé, mais do que nunca. Nada vai nos parar, uma vitória receberemos se assim Deus nos permitir".
No sepultamento, a mãe de Beatriz estava muito emocionada, se despediu da filha, deixando no jazigo objetos pessoais da menina, uma bolsa e batons. Os restos mortais de Beatriz agora devem ficar embaixo da 'Árvore da vida', uma árvore da espécie Angélica, que fica em um local privilegiado em um cemitério de Petrolina.
O crime
Beatriz Angélica foi assassinada com 42 facadas dentro de um dos mais tradicionais colégios particulares de Petrolina. O crime ocorreu dentro da quadra onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano da escola. A irmã da menina era uma das formandas. A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59 do dia 10 de dezembro de 2015, quando ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio, localizado na parte inferior da quadra. Minutos depois, o corpo da criança foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo que estava desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio.
As informações são da Juliane Peixinho / G1 Petrolina.