Um homem de 24 anos, suspeito de envolvimento no roubo de 116 armas da empresa Sena Segurança Inteligente e Transporte de Valores, ocorrido em Olinda, este mês, se apresentou espontaneamente à polícia, na tarde deste domingo (21/08). Ele se dirigiu até a Central de Flagrantes, em Campo Grande, na Zona Norte do Recife, e prestou depoimento.
De acordo com o advogado do rapaz, Felipe Teixeira, ele é catador de recicláveis e estava passando no local no dia em que a empresa foi roubada. Ele teria visto o portão da Sena aberto e deduzido que o local tinha sido alvo de uma ação criminosa. O problema do suspeito, ainda segundo Teixeira, é que ele comentou o fato com alguns conhecidos da vizinhança onde mora, em uma comunidade do bairro de Sítio Novo, em Olinda.
O advogado explicou, ainda, que o catador ficou assustado com as investigações e preferiu se apresentar à polícia para prestar depoimento. “A participação dele foi involuntária”, explicou. Felipe Teixeira afirmou também que o suspeito não quer ser identificado. O jovem prestou depoimento à delegada Cláudia Tavares, na Central de Flagrantes, acabou sendo liberado, já que não houve.
Roubo
O caso veio à tona, ao ser confirmado pela polícia, no dia 11 de agosto. O depósito da empresa, que fica no bairro dos Bultrins, em Olinda, foi alvo de um arrombamento.
Na ocasião, os armamentos calibre 38 e 1.024 projéteis foram levados do local. Segundo a queixa prestada à polícia, as armas estavam guardadas num espaço fechado com grade e porta de ferro.
A Polícia Militar informou, no dia seguinte, 12 de agosto, que cinco suspeitos de envolvimento no caso tinham sido presos. Ao todo, com eles, foram recuperadas 14 armas, todas ’em perfeito estado’.
A informação da polícia contrariou a afirmação repassada, por meio de nota, pela empresa. A Sena tinha garantido que as armas levadas do depósito estavam sem condições de uso. Também disse que as balas tinham mais de cinco anos de uso e, por isso, encontravam-se vencidas.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Euricélia Nogueira, a polícia observou que as armas já estão espalhadas pela cidade. Ela afirmou que os presos entram em contradição em relação a origem delas, durante depoimento. A policial alegou que não poderia revelar mais detalhes para não prejudicar as investigações. .
O boletim de ocorrência foi registrado na tarde do dia 10 de agosto pelo diretor da empresa, Evaldo Sena. Desde então, a polícia iniciou as investigações do caso. Diante da ocorrência, a polícia já definiu uma linha de investigação para recuperar o material roubado.
Explicações
Por meio de nota, a empresa Sena informou que está em recuperação judicial e que as atividades estão paralisadas. Disse que as outras armas, em melhor estado, já foram enviadas para a Polícia Federal. A Sena informa também que a sede está de acordo com as normas de segurança exigidas pelas autoridades.
Do G1 PE
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