A fantástica arte da demagogia - Parte 1
Imagem da campanha em defesa do Rio São Francisco
Por Daniel Filho.
Dividida em partes, irei aqui postar o que pude vivenciar do pseudo movimento social chamado "Salve o Rio São Francisco" orquestrado pelo prefeito Lourival Simões.
Começou com grande alarde do prefeito, através de seu perfil na rede social Facebook, sobre a baixa do nível do Lago Itaparica.
Desde o dia 8 de Outubro, especificamente três dias após o primeiro turno das eleições, que posta comentários e notícias aterradoras sobre a situação. Causou comoção entre os seguidores, acionou imprensa do país inteiro (Blogs locais e da região, Diário de Pernambuco, Jornal do Commércio, Asa Branca Globo, Folha de São Paulo...). O mesmo mostrou indignação quanto a preocupação da CHESF, ONS e ANA em priorizar a produção de energia em detrimento da necessidade da água para consumo humano.
A incoerência tem início. O prefeito do município nunca teve preocupações políticas ambientais, pelo contrário, perseguiu toda e qualquer alternativa.
Nunca formou o conselho ambiental; viu o aterro sanitário esgotar sua capacidade antes do previsto por não adotar políticas de coleta seletiva e reciclagem, mesmo tendo a ARBIO a oferecer o suporte; nunca apoiou política de educação ambiental construtivista, o projeto federal SALA VERDE foi transferido para gestão de uma escola estadual por descaso do município e secretaria responsável; há registros de despejo do esgoto no lago de Itaparica... Mas, de repente, passou a defender, como líder militante, o VELHO CHICO.
Foi criado um grupo na rede social Whatsapp com o nome “SALVE O RIO SÃO FRANCISCO” onde os participantes discutiam a situação e as medidas para um “mal ainda mais aterrador a se aproximar”. As obras da transposição iriam retirar água da represa de Itaparica e, consequentemente, trazer um colapso e prejuízos imensuráveis à comunidade petrolandense, em especial, os agricultores.
Dentre diversas sugestões dadas acerca da preservação do rio, como: racionamento, economia, educação ambiental, formação do conselho ambiental... todas eram negadas pelo prefeito veementemente por afirmar que nada daquilo resolveria.
Foi sugerida, então, uma reunião para decidir os rumos.
No dia 10 de Outubro, a partir das 19:00hrs, no centro cultural de Petrolândia, representações sociais e sociedade civil foi reunida para debater sobre a “gravidade” do assunto com o prefeito Lourival Simões e mediação do secretário Rogério Viana.
Dentre diversas sugestões dadas acerca da preservação do rio, como: racionamento, economia, educação ambiental, formação do conselho ambiental... todas eram negadas pelo prefeito veementemente por afirmar que nada daquilo resolveria.
Foi sugerida, então, uma reunião para decidir os rumos.
Fonte: grupo "Salve o São Francisco"
No dia 10 de Outubro, a partir das 19:00hrs, no centro cultural de Petrolândia, representações sociais e sociedade civil foi reunida para debater sobre a “gravidade” do assunto com o prefeito Lourival Simões e mediação do secretário Rogério Viana.
Entre causas, efeitos e possíveis consequências citadas, ficou o acordo que, na manhã seguinte, dia 11, toda a população estaria convocada para OCUPAR E RESISTIR o canteiro de obras a fim de impedir o ligar das bombas de teste.
Pelo grupo no whatsapp o prefeito mantinha o grupo informado sobre detalhes de negociações que, perceptivelmente, continham avanços. O primeiro foi a garantia de liberação de água da represa de Sobradinho liberando 100 m³/s adicionais para compensar os testes das duas bombas na EBV.
No entanto, questionando o grupo se deveria manter a ocupação ou não, o prefeito se posicionou a favor de manter a ação. Foi concordado por todo o grupo que se empolgou a ponto de propor GREVE DE FOME caso as bombas fossem ligadas.
O "movimento social" estava organizado, data, local e horário definidos. A "força-tarefa" em defesa do São Francisco estava montada.
continua...
No entanto, questionando o grupo se deveria manter a ocupação ou não, o prefeito se posicionou a favor de manter a ação. Foi concordado por todo o grupo que se empolgou a ponto de propor GREVE DE FOME caso as bombas fossem ligadas.
Fonte: grupo "Salve o São Francisco"
O "movimento social" estava organizado, data, local e horário definidos. A "força-tarefa" em defesa do São Francisco estava montada.
continua...
Extraida:http://www.petrolandiape.com/